Zaidu é o protagonista de uma extensa entrevista da Dragões, publicação do FC Porto que disponível online desde este sábado
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Antes de tudo mais, Zaidu aproveitou a entrevista à Dragões, para corrigir o Google. E tudo por causa do local onde nasceu: "Não nasci em Lagos. Às vezes fico um pouco triste por ler nos jornais e no Google que nasci em Lagos. Eu nasci no Kebbi State. Lagos é uma das maiores cidades de África, mas eu não sou de lá", disse antes de explicar como surgiu a possibilidade vir para Portugal. "Nuitos empresários de Portugal vão lá ver jogos de futebol. Estava a jogar um torneio com oito equipas, jogava, jogava e jogava, até que houve um empresário que gostou de mim e entrou em contacto comigo. Ou melhor, dois empresários gostaram de mim. Um representava o FC Porto e outro o Gil Vicente. Contei isso ao meu irmão, que me disse que o melhor era eu ir para o Gil Vicente, porque estavam na II Liga. No FC Porto eu só iria jogar nos Sub-19, sem saber se chegaria à equipa A. Acreditei no meu irmão - escuto-o muito - e escolhi ir para o Gil Vicente", contou.
Depois de revelar que esteve perto de ingressar nos dragões bem antes de 2020, o lateral nigeriano confirmou uma história: "Sim, é verdade. Quando cheguei a Portugal trazia a camisola do FC Porto vestida. Quando fui assinar contrato com o Gil Vicente, estava em casa e vesti a camisola do FC Porto, porque gosto muito do FC Porto já desde os tempos em que vivia na Nigéria", contou. "Foi esse empresário que a trouxe de Portugal. Ele era aqui do Porto e deu-ma", acrescentou.
A fratura de uma perna afetou a carreira de Zaidu no clube de Barcelos, rumando ao Mirandela, no Campeonato de Portugal. "Não é a minha segunda casa, é a minha primeira casa aqui em Portugal. Quando cheguei não conhecia ninguém e estava tudo a correr mal aqui em Portugal, até com o meu empresário. Depois, um rapaz de Mirandela ajudou-me muito, fiquei lá dois anos e tal e nunca fui ver a minha família. Chorava muito, mas um dia esse rapaz disse que me queria levar para a I Liga. Não acreditei logo, porque estava a jogar o Campeonato Nacional de Seniores. Mas, pensei que antes tinha de jogar a II Liga e só depois podia chegar à I Liga. Mas, depois de ele o dizer, comecei a acreditar. Comprou-me um bilhete de avião e deu-me dinheiro para eu ir à Nigéria ver a minha família. Quando voltei, colocou-me outra vez no Mirandela e pediu-me para acreditar nele, porque era só mais um ano. Continuei no Mirandela e um ano depois saí", finalizou.