Zaidu, lateral-esquerdo do FC Porto descreve a experiência de representar o clube que considera "o maior de Portugal"
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Sete anos depois de ter deixado a Nigéria para perseguir o objetivo de fazer carreira no futebol europeu, Zaidu vê-se a participar na Liga dos Campeões e a lutar por títulos em Portugal. O lateral-esquerdo já leva cinco (duas Supertaças, um Campeonato, uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga) e todos pelo clube que sempre ambicionou representar, ao ponto de em 2016 ter vestido uma camisola do FC Porto quando foi assinar pelos juniores do... Gil Vicente.
Por isso, é com satisfação que encara o dia a dia na equipa azul e branca, na qual sabe que não pode facilitar. "Jogar no FC Porto é um grande desafio, porque é o maior clube em Portugal", descreveu o defesa, numa entrevista concedida a Andrew Randa, do departamento de média da Federação Nigeriana de Futebol (NFF).
Eliminação dos portistas contra o Inter, na Liga dos Campeões, foi "uma pena" para o internacional nigeriano, que procura ignorar a ferocidade com que os adeptos adversários tratam alguns jogadores.
Depois de ter experimentado a sensação de jogar na Liga dos Campeões, Zaidu não tem dúvidas de que se trata da "competição mais dura do Mundo", porque "os adversários são campeões de vários países". "É difícil, porque não conheces bem as táticas e como estas equipas jogam, uma vez que vêm de campeonatos diferentes daqueles em que jogas", acrescentou o portista, desiludido pelo facto de os dragões não terem ido mais longe do que os oitavos de final na edição deste ano da liga milionária. "Foi uma pena termos perdido 1-0 com o Inter em Milão e depois não termos conseguido derrotá-los. Foi a vontade de Deus e, apesar de termos dado o nosso melhor, não estava destinado", afirmou.
Apesar dos obstáculos, a vida corre às mil maravilhas a Zaidu. Mas nem tudo é um mar de rosas. Especialmente quando atua longe do Dragão. "Às vezes, jogar fora de casa é desafiante, porque ouves todo o tipo de coisas e os adeptos adversários tentam desestabilizar-te", contou o internacional nigeriano, que procura ser imune ao ruído exterior e concentrar-se apenas numa coisa: jogar futebol. "Alguns provocam-te nos estádios e chegam ao ponto de publicar comentários negativos e abusivos nas minhas redes sociais. Se deixares que estas coisas te atinjam, vão desestabilizar-te. É duro. Tenho de enfrentar os desafios, porque é o meu trabalho como futebolista profissional. Foi por isso que deixei o meu país, para perseguir os sonhos no futebol", concluiu.
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