Vitória no clássico aumentou a esperança dos portistas numa reviravolta inédita no campeonato... em termos pontuais
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A promessa de "luta até ao fim" partiu de Sérgio Conceição após a derrota no clássico com o Benfica no Dragão, acompanhada de uma palmada na mesa, e ganhou outra força anteontem, após o triunfo do FC Porto na Luz, que resultou numa redução da distância que o separa para o topo da classificação para sete pontos.
O momento de comunhão entre o grupo e os adeptos que estiveram no estádio benfiquista, com a palavra "vamos" repetida por muitos até à exaustão, foi um primeiro sinal dessa determinação em mudar o rumo da I Liga, transportada mais tarde para as redes sociais. Diogo Costa, Pepê e Toni Martínez foram alguns dos que insistiram na ideia de lutar "até ao fim" como forma de fazer os adeptos acreditar no bicampeonato. "Nada está perdido", vincou Grujic.
Dragões já ultrapassaram o primeiro classificado nas últimas sete jornadas por três ocasiões. Contudo, o máximo de pontos que conseguiram recuperar na altura foram quatro. Agora são necessários sete.
Diz a sabedoria popular que a esperança é a última a morrer e a verdade é que, mesmo num contexto bastante difícil, o FC Porto tem exemplos a que se agarrar para a alimentar. Ao longo das 88 edições do campeonato não faltam casos de ultrapassagens ao primeiro classificado dentro das últimas sete jornadas da prova.
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Os dragões até o conseguiram por três vezes (1958/59, 1985/86 e 2012/13). E em todas tendo o Benfica pela frente, como também acontece agora. Apesar disso, não há registo em toda a história da principal competição nacional de alguém que tenha sido capaz de recuperar de uma desvantagem pontual de sete pontos nas derradeiras sete rondas.
A reviravolta historicamente mais improvável aconteceu em 2012/13, quando os azuis e brancos, liderados por Vítor Pereira, recuperaram de um atraso de quatro pontos em relação às águias, orientadas por Jorge Jesus, fechando a prova com mais um ponto conquistado que o rival lisboeta. Na altura, porém, os dois concorrentes ainda se defrontaram. Agora, os dragões estão dependentes de (vários) deslizes dos adversários para ganhar este combate gigante contra a história.
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A regra dos golos fora
Em linha com as políticas que, um pouco por toda a Europa, foram abolindo o desempate através dos golos marcados fora, o Regulamento da Liga introduziu essa mudança esta época. Se ainda estivesse em vigor, o FC Porto teria vantagem no confronto direto com o Benfica, mas como ambos venceram um jogo por um golo de diferença, avança-se para o seguinte critério: a diferença entre golos marcados e sofridos em todo o campeonato. Também aí os encarnados levam, por agora, uma margem confortável, com um saldo positivo de 12 golos.
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