Internacional ucraniano revela que o empate em Kiev provocou "um pouco de tensão no balneário", sobretudo porque a equipa se empenhou para tentar ganhar e no fim esteve muito perto de perder.
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Titular quase indiscutível desde que chegou ao Benfica, Yaremchuk garante que ainda está longe de apresentar de águia ao peito as qualidades que o fizeram brilhar pelos belgas do Gent e convenceram os responsáveis benfiquistas a pagar 17 milhões de euros pelo seu passe. Porém, como revelou após o jogo entre as águias e o Dínamo de Kiev, está "no caminho certo".
"Ainda não me adaptei. Ainda não mostrei nem 50% do que mostrei pelo Gent. Eu marco golos, isso é verdade, mas há muitas outras coisas que ainda são muito difíceis para mim. Mas estou no caminho certo. Agradeço ao Benfica, onde todos me apoiam", referiu o camisola 15 dos encarnados, que foi chamado ao onze por Jorge Jesus em cinco jogos, entrou em mais dois e leva já dois golos e duas assistências num currículo que, pelo Gent, contemplou, só na última época, 23 tiros certeiros e oito passes letais em 43 encontros.
Sem especificar, o dianteiro de 25 anos diz que quando aponta dificuldades está a falar "sobre tudo". "Quem se muda para um novo país, para uma equipa do nível do Benfica, percebe do que estou a falar. Na minha posição, a competição é muito alta. Os jogadores de futebol custam 20 milhões, cada um joga pela seleção nacional, têm fome de jogar. Isto é muito difícil", refere o jogador que, na Luz, tem a concorrência de Darwin, Seferovic, Rodrigo Pinho e Gonçalo Ramos.
Goleador refere que ainda não se sente adaptado e lembra a forte concorrência, mas está "no caminho certo"
Antes deste balanço inicial, Yaremchuk abordou o nulo com a sua ex-equipa. "Não ganhámos. No final, até podíamos ter perdido. Claro que não estou feliz. Mas um ponto ganho num jogo fora também não é mau", referiu, destacando que o Benfica "aponta sempre aos objetivos máximos". "Não olhamos contra quem vamos jogar, queremos sempre os três pontos. Nas próximas partidas, vamos nos preparar apenas para as vitórias", garantiu, reconhecendo que os jogadores encarnados ficaram chateados com o empate. "Depois de um jogo tão duro, queríamos saborear a vitória, mas no final podíamos ter perdido. Há um pouco de tensão no balneário."
Muito difícil defrontar a ex-equipa
Formado no Dínamo de Kiev, clube pelo qual alinhou durante sete épocas, Yaremchuk reconheceu que foi "muito difícil" defrontar a sua ex-equipa. "Conheço todos os jogadores e como eles se preparam. Conheço as principais qualidades do Dínamo. É muito difícil abordar mentalmente estes jogos", afirmou o internacional ucraniano, antes de ser questionado sobre o embate com a jovem dupla de centrais adversária. "Já vimos no Europeu como jogam. Há evolução. Não sou um especialista, não me cabe a mim comentar o jogo deles", atirou.