Wendel, 21 anos, tem feito uma época parecida com uma montanha-russa, dos problemas disciplinares aos grandes golos. O avançado está a viver a segunda época em Portugal e considera que poderia ter o dobro dos quatro golos que apontou. Depois da fase conturbada, sente-se feliz e quer ficar ligado à história do clube.
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Autor de um grande golo que deu o empate (1-1) ao Leixões frente ao Vilafranquense, Wendel continua a dar nas vistas na sua primeira experiência europeia. "Foi uma sensação muito boa. Deu para sentir uma atmosfera incrível no estádio, com os adeptos a jogarem do nosso lado. É para momentos como esse que trabalhamos, foi fantástico", afirmou a O JOGO o avançado sobre o cabeceamento certeiro.
O brasileiro vive um bom momento em Matosinhos, mas a época também ficou marcada pelos problemas disciplinares em que se envolveu - desrespeitou o treinador durante os festejos de um golo, num penálti que não devia ser ele a marcar - e que levaram a SAD a instaurar-lhe um processo.
"Não houve problemas, são situações do futebol, como existem, por exemplo, em todas as famílias. Temos de trabalhar todos unidos para fazer com que o Leixões seja mais forte", argumenta Wendel, agora "feliz e motivado para dar tudo pelo clube": "Sou feliz aqui e quero deixar a minha marca no Leixões, o clube que me deu a oportunidade de jogar fora do Brasil".
Com duas dezenas de jogos realizados, o jogador de 21 anos marcou apenas quatro golos, pouco para um avançado. "Sim, claramente. Tem faltado um pouco de sorte na finalização, acho que já poderia ter o dobro dos golos. Mas acredito que os números vão melhorar muito. Sou jovem e as coisas vão acontecer naturalmente", diz, ressalvando que a análise "não poder ser feita só pelos números individuais, porque sou um avançado que trabalha muito para a equipa e o mais importante é o coletivo".
Numa série de sete jogos sem perder, o Leixões poderia estar a lutar pela subida se tivesse conseguido uma primeira volta semelhante. Wendel concorda que a equipa "podia estar melhor na classificação", mas observa que a II Liga "é muito competitiva e todos os jogos são difíceis". Acima de tudo, está satisfeito por os resultados demonstrarem que "a equipa tem evoluído e é muito difícil de bater".
É um dos 16 sub-23 de José Mota
José Mota, treinador do Leixões, já lançou 16 jogadores com idades abaixo dos 23 anos na equipa principal e Wendel faz parte desse grupo. O carioca releva a grande aposta do clube em jovens valores, agradecendo o trabalho que está a ser feito.
"O Leixões é conhecido por apostar em jovens e está a cumprir essa tradição do clube. Nesta equipa há muito potencial e temos evoluído com a ajuda do treinador e dos jogadores mais experientes. Este é apenas o meu segundo ano de sénior e estou perfeitamente adaptado ao futebol português. Acredito que vou crescer muito ainda. O melhor de mim está para chegar", promete.