SAD contava com a valorização dos Jogos Olímpicos, mas, mesmo com a covid-19, o médio mantém-se no lote de negociáveis.
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As ideias dos responsáveis da SAD saíram furadas no que a Wendel diz respeito, mas, segundo O JOGO apurou, a disponibilidade dos dirigentes leoninos para abrirem mão do 37 no próximo mercado de transferências mantém-se firme e de pé.
O contratempo naquelas que eram as contas feitas em Alvalade decorre em boa medida daquela que seria a possibilidade de valorização de Wendel no próximo defeso, concretamente na quase certa participação do médio brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Porém, face à pandemia covid-19, o certame acabou por ser adiado por mais uma temporada e a oportunidade para que o atleta, de 23 anos, se mostrasse acabou por fechar-se tendo em vista o mercado, cuja janela de transferências ainda está por delimitar.
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A verdade é que esse revés nas contas dos dirigentes do emblema verde e branco não lhes retirou da ideia a possibilidade de Wendel ser transferido, até porque, de acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, há entre os leões a consciência de que o médio ex-Fluminense é um dos principais ativos que o clube dispõe para realizar receitas extraordinárias perante um cenário de forte condicionalismos financeiros. Por isso mesmo, a SAD está recetiva a um negócio em torno de Wendel, desde que o mesmo possa ir para patamares financeiros minimamente atrativos, os quais dificilmente vão chegar aos 30 milhões de euros (M€) pedidos anteriormente ao mercado, quando o jogador foi objeto de abordagens para abandonar o clube. É que a incerteza financeira de momento também impõe que seja considerada a eventualidade de uma negociação por valores inferiores, mormente 20 M€, ainda que nunca próximos dos 8,7 M€ pagos em janeiro de 2018. Aliás, diga-se mesmo que a perspetiva de negócio, influenciada pelos problemas disciplinares conhecidos em torno do jogador - desde viagens injustificadas, a atrasos a apresentações, até um jantar fora de horas que o levou a um castigo por infração ao regulamento disciplinar do clube e consequente despromoção para a equipa de sub-23 -, que parecem ter ficado para trás, nunca admitiu outro cenário que não a venda.
Em janeiro último, Wendel mereceu a atenção de alguns emblemas, com particular atenção o Flamengo, os quais procuraram aquilatar qual a disponibilidade do elenco liderado por Frederico Varandas para o ceder por empréstimo, tendo estes, a par do CSKA Moscovo - um velho admirador das qualidades do jogador que tentou contratar quando o Sporting finalizou a operação com o Fluminense -, ouvido uma recusa da parte dos leões. Ontem mesmo, em Itália, Wendel voltou a ser apontado como opção para o Nápoles. Ora, o Sporting faz-se valer do vínculo que possui com o atleta tem 2023, que detém uma cláusula de rescisão de 60 M€, para bloquear as pretensões desses mesmos clubes e até de Wendel que, amiúde, tem deixado entreaberta a possibilidade de uma saída, em concreto um regresso desejado ao futebol brasileiro. Com a saída de Bruno Fernandes, Wendel passou na teoria a assumir maior preponderância coletiva na equipa, travada pela paragem competitiva. Resta saber como irá encarar a derradeira fase da época.