Weigl, reforço do Benfica, à imagem da escola Barcelona: "Lembrei-me de Guardiola..."
Reforço das águias já foi comparado, pela sua forma de jogar, a Guardiola e a Busquets, referências no meio-campo do conjunto catalão.
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Esperado nos próximos dias em Lisboa para cumprir exames médicos e assinar contrato, assumindo-se como o primeiro reforço de inverno do Benfica, Julian Weigl já foi alvo de diversos elogios no passado, sendo que até chegou a ser equiparado a Guardiola, numa alusão ao período em que o atual treinador do Manchester City era uma das figuras do meio-campo do Barcelona. "Quando vi Weigl a jogar pelo Dortmund, lembrei-me de Guardiola no centro do terreno do Barcelona", afirmou Lothar Matthaus, em março de 2017. Curiosamente, o timoneiro dos citizens já o observou várias vezes e Weigl esteve mesmo, no passado, entre os alvos dos ingleses.
O médio alemão, de 24 anos, encaminhou-se para o futebol pela mão do pai, também ele um antigo futebolista. Cedo chamou à atenção no 1860 Munique, onde se tornou o capitão mais jovem de sempre do clube, ainda com 18 anos. "Será um jogador de classe mundial", referiu Toni Kroos, internacional alemão, também há dois anos.
Foi contratado pelo Dortmund em 2015, graças a Thomas Tuchel, que viu nele um potencial enorme. "É um jogador-chave para nós. Mostrou enorme consistência e só precisa de mantê-la", afirmou o agora treinador do PSG. Ex-companheiro de equipa no Dortmund, Bartra também se mostrou impressionado com a qualidade do jogador. "Faz-me lembrar Busquets, mesmo sabendo que há uma distância entre ambos os jogadores. Busquets é o melhor do mundo na sua posição, mas o Julian é bastante parecido", disse o central espanhol.
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A comparação a dois jogadores com escola do Barcelona percebe-se também pela capacidade que o médio tem na circulação de bola. Aliás, Weigl detém um recorde na Bundesliga, pois é o jogador com mais toques num jogo: 214, a 24 de maio de 2016, com o Colónia.
Com a saída de Tuchel do comando técnico do Dortmund, em 2017, a situação de Weigl ficou periclitante, até porque uma lesão grave no final da época ditou que falhasse a pré-época de 2016/17, e não só. O médio foi operado ao tornozelo em maio e só voltou aos relvados em meados de setembro. Perdeu espaço desde então, fosse com Peter Stoger, Peter Bosz e ou até com Lucien Favre, e agora muda de destino, rumo ao Benfica.
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Esteve perto da saída no passado
À terceira foi de vez. Depois de já ter estado perto da saída do Dortmund nos dois mercados de transferências anteriores, Weigl sai definitivamente do conjunto alemão, isto depois de ter sido alvo de PSG, Roma ou AC Milan no passado. Em janeiro de 2019, esteve mesmo perto de assinar pelo campeão francês, orientado pelo seu bem conhecido Thomas Tuchel, que o treinou no Dortmund. O médio assumiu que pensou em mudar de ares, mas o clube germânico vetou a transferência. E no último verão despertou a cobiça de AC Milan e Roma, mas optou por ficar depois de uma conversa com o treinador Lucien Favre. "Disse-me que poderia jogar com o Witsel no meio-campo e que estava em boa forma", contou. Cumpriu a primeira metade da época, mas agora está mesmo de saída, rumando a Lisboa.
Dortmund aceitou o pedido
bbb Fora das contas do técnico Lucien Favre, Weigl, que tinha dois clubes espanhóis de olho, além do Benfica, entendeu que este era o momento certo para deixar o clube. Por isso, solicitou ao emblema alemão abertura para negociar com as águias, algo que acabou por pesar no negócio. "O Julian falou connosco sobre o seu desejo de saída e concordámos, também por causa de todos os serviços prestados ao clube", explicou Michael Zorc (na foto), em declarações ao sítio oficial do Dortmund, a quem Weigl agradeceu pelos "tempos maravilhosos".