Em final de contrato com o Génova, o Miguel Veloso gostaria de jogar numa equipa com outras ambições. Para já está feliz pelo regresso à competição, após recuperar de uma lesão, assinalado com um golo
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O internacional português, Miguel Veloso, garante que ainda não falou com o empresário, Jorge Mendes, sobre o próximo passo na carreira, mas recorda que a esposa e os filhos são italianos, pelo que a continuidade na Serie A é a hipótese mais provável.
O seu contrato com o Génova termina em junho, já decidiram se vai renovar ou pensa em sair?
Decidimos assinar um contrato de um ano com outro de opção. Este é o ano de opção que vai terminar agora, mas ainda não decidimos nada. Vou esperar até ao final da época e depois vou ver com o Jorge (Mendes) as minhas opções. Prefiro esperar e decidir o que é melhor para mim e para a minha família. O mais importante é a minha família. Génova é uma cidade onde se está bem, junto ao mar, fica muito perto de Milão, de Portofino e do Mónaco, é uma cidade bem situada e da qual gosto muito. Para mim seria mais fácil ficar em Itália, porque a minha esposa é italiana, os meus filhos nasceram em Itália e temos uma parte da família aqui. Naturalmente, acaba por ser mais fácil ficar em Génova ou noutra cidade italiana.
Ainda vamos ver Miguel Veloso no Sporting antes de terminar a carreira?
Neste momento não penso num regresso a Portugal. Apesar de já ter 31 anos, acho que a nível físico ainda tenho alguma bagagem. Para ser sincero, o Sporting é o meu clube, é o clube que me abriu as portas, que me fez crescer como jogador e homem e é claro que gostaria de voltar um dia ao Sporting. Vejo com bons olhos essa hipótese, mas não depende só de mim. Ir para o clube que me deu tudo só faz sentido se o clube achar que eu posso ajudar.
Quando esteve no Génova pela primeira vez, chegou-se a falar no seu nome para Inter de Milão e AC Milan e outros grandes clubes da Itália. Nunca chegou lá, ainda tem o desejo de chegar a um desses emblemas e poder lutar por maiores ambições?
É óbvio que o sonho de qualquer jogador é poder competir ao mais alto nível. Se puder voltar a jogar nas competições europeias... Esse é um desejo que tenho, voltar a jogar na Liga Europa ou na Liga dos Campeões.
Acabou de voltar aos relvados depois de dois meses e meio parado a recuperar de uma lesão. Como é que se encontra fisicamente?
Infelizmente tive uma lesão, fiz uma rotura no gémeo, estive praticamente dois meses parado. Primeiro parei quatro semanas, voltei aos treinos, mas ressenti-me da lesão e tive de parar novamente. Voltei aos treinos no dia 10 de abril e agora sinto-me bem, estou totalmente recuperado e marquei no regresso, contra a Atalanta.
Esteve duas épocas no Génova, depois mudou-se para o Dínamo Kiev. Voltou muito diferente depois de quatro anos na Ucrânia?
A vida faz-te crescer vivendo experiências diferentes. Eu tive dois anos aqui muito bons, mas foi a minha primeira experiência internacional depois de sair de Portugal. Em Kiev, tive a oportunidade de jogar as competições europeias com o Dínamo e agora sinto-me um jogador com mais experiência, um nível de cultura de jogo muito melhor e mais maduro.
Experiência é uma palavra-chave para se dar bem no campeonato italiano? É difícil para os jovens vingar em Itália?
É uma competição muito competitiva e muito exigente ao nível físico. É difícil para os jovens, mas é uma grande experiência para a carreira deles. Este ano, há várias equipas a lutar pela manutenção e só por aí podemos ver o nível de competitividade deste campeonato, até ao décimo lugar há uma diferença mínima de pontos.