Dois jogos, duas vitórias para José Mota e um fartote de golos nunca visto. Caso o Aves vença, no sábado, o Marítimo, conseguirá um inédito terceiro triunfo consecutivo no campeonato.
Corpo do artigo
Seis derrotas e um empate, nos últimos sete jogos, afundaram o Aves nos lugares de descida mas, como se diz no futebol, "o que hoje é verdade amanhã é mentira" e duas vitórias - leia-se goleadas - consecutivas "ressuscitaram os avenses" e bateram vários recordes.
Para começar, a chapa cinco aplicada ao Belenenses (5-2) fez com que os avenses marcassem, pela primeira vez nas quatro participações que têm na I Liga, uma mão-cheia de golos. O melhor registo anterior datava de 2006/07, quando o Aves bateu (4-3) o Nacional. Mais, os dois triunfos seguidos igualaram a mesma sequência conseguida também nessa época e em 1985/86. Só que, desta vez, o Aves conseguiu esta marca apontando oito tiros certeiros (três ao Boavista e cinco em Belém), em contraste com os cinco golos de 2006/07 e os três golos de 1985/86.
Há outro dado ainda melhor. É que o Aves passou a somar 20 pontos, a melhor marca verificada à 22.ª jornada. Em 2000/01 e 2006/07, tinha 13 pontos neste período e na primeira participação no escalão máximo do futebol nacional somava 15 pontos - as vitórias contavam dois pontos - o que significariam 19 pontos se os triunfos valessem o que valem no futebol atual.
A receção, de sábado, ao Marítimo pode, em caso de vitória, bater mais dois recordes: nunca o Aves conseguiu três triunfos seguidos no campeonato o que, a acontecer, levará o conjunto de José Mota para os 23 pontos. Nas três participações anteriores, os nortenhos desceram de divisão com 22 pontos, embora em 1985/86 houvesse a diferença pontual relativa às vitórias. Por último, o golo que fechou o resultado em Belém, apontado por Fariña, foi o centésimo da história dos avenses na I Liga. Certo é que as estatísticas mostram que Mota devolveu a esperança à Vila...