Adjunto de Sérgio Conceição reage em comunicado, depois de várias declarações e algumas acusações dos colegas na equipa técnica do FC Porto
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Depois das declarações de Diamantino Figueiredo, Dembelé e Eduardo Oliveira, treinadores adjuntos de Sérgio Conceição no FC Porto, foi a vez de Vítor Bruno reagir. Em comunicado, o técnico e sempre reconhecido como braço direito de Conceição, recusa qualquer acusação de "traição", explica os convites que recebeu, a conversa que teve com o técnico principal e lamenta o "assassinato de caráter" que diz ser alvo.
Leia o comunicado na íntegra:
"Enquanto treinador adjunto da equipa técnica em funções junto , da equipa de futebol sénior A do FC Porto, em face das múltiplas notícias difamatórias e caluniosas agora veiculadas em diversos meios de comunicação social - sobre pretensa 'traição' ao técnico principal, Sérgio Conceição - venho esclarecer o seguinte:
Cumpre afirmar, desde já e para para que não restem quaisquer dúvidas, que nunca 'traí' ('apunhalei' pelas costas, como de modo ardiloso se pretende inculcar) ou, por qualquer modo, fui desleal com o treinador principal Sérgio Conceição, com quem usei sempre da maior lisura, transparência e honestidade, impondo-se agora clarificar a verdade dos factos.
Fui sondado - poucas dias antes da Final da Taça de Portugal, disputada no dia 26 de Maio no Jamor - sobre a possibilidade de treinar, a título principal, uma equipa num campeonato fora de Portugal, ao que a minha resposta foi peremptória, no sentido de haver abertura para discutir essa possibilidade - existindo o compromisso de conversar com o treinador principal Sérgio Conceição a esse respeito - porém (e como, no seu modesto entendimento, se impõe), tal só acontecia depois de terminada a época desportiva.
O que efetivamente aconteceu - de facto, tal assunto foi conversado de forma elevada, calma e civilizada entre mim e o treinador principal Sérgio Conceição, no início desta semana.
Compreendendo este perfeitamente as razões por mim avançadas para o assumir de uma equipa a título principal, o mesmo aceitou a minha decisão - e desejou-me, a final, os maiores sucessos. Em função disso, encontro-me a avaliar correntemente as várias possibilidades quanto ao meu futuro profissional - relativamente ao qual reservo a minha liberdade de escolha, cabendo a mim em exclusivo a decisão sobre o mesmo."
A verdade é apenas e só esta. Toda a demais narrativa que terceiros mal-intencionados estarão a tentar construir e inculcar é eivada de absoluta má fé e totalmente falsa. Não passando de uma campanha orquestrada com o único e declarado propósito de me difamar, de me caluniar, procurando todos os meios (e com recurso a uma multiplicidade de intervenientes) assassinar o meu caráter, a minha reputação e o meu bom-nome, o qual vem sendo construído há quase duas décadas n o mundo do Futebol, granjeando – passe a imodéstia – o respeito, consideração e amizade de todos com quem tenho travado conhecimento, tendo pautado a minha vida e o exercício das minhas funções com o maior rigor, lealdade, dedicação e profissionalismo, empregando todo o meu saber e conhecimentos técnicos no desempenho da minha atividade e norteando a minha conduta – quer pessoal, quer profissional – pelos elevados princípios e valores que me foram incutidos.
Mercê das ofensas e calúnias totalmente imerecidas de que tenho sido alvo e vítima, sinto-me profundamente injustiçado, vendo a minha família perturbada e em sofrimento diário e permanente, quando sei que nada fiz de errado ou que possa justificar a campanha maquinada contra mim – urgindo, como tal, manifestar o meu frontal repúdio pelas 'notícias' que vieram agora a público e às quais nesta sede se responde (isto, sem prejuízo de, a seu tempo e caso assim considere necessário e pertinente à defesa da minha honra, reagir às mesmas em sede judicial).
Por último – e aproveitando a oportunidade – sublinho que nenhum das notícias surgidas nos últimos dias, alegadamente citando pessoas das minhas relações (as denominadas 'fontes próximas') apresentam qualquer fundo de verdade: não fiquei minimamente melindrado (pretensamente, teria considerado esse facto como uma 'traição', o que não corresponde, de todo, à realidade) com a circunstância de o treinador principal Sérgio Conceição haver renovado contrato com o FC Porto, ao invés da restante equipa técnica (sendo o mesmo, como é óbvio, livre de o fazer).
Em momento algum, tal circunstância teve alguma relação com a minha decisão de seguir um caminho distinto da aludida equipa técnica – nada tendo eu que ver com o 'lançamento' de tais notícias, as quais são absolutamente destituídas de sentido ou fundamento”