Vítor Bruno, treinador do FC Porto, fez a antevisão ao jogo no reduto do V. Guimarães, marcado para as 18h00 de sábado e referente à sexta jornada da I Liga
Corpo do artigo
Palavra de apreço a quem combate os incêndios: "Menção honrosa e de louvor aos que têm feito uma luta titânica contra os fogos que assolaram o Norte e o Centro do país. Missão estoica de bombeiros, GNR, civis que se solidarizam... Uma palavra de força para as famílias que levam uma vida inteira a edificar o que têm. Força e coragem. E uma palavra de orgulho da minha parte para os jogadores que lidero. Percebi que o dever cívico e papel social está fomentado neles. Puseram em marcha um plano para ajudar da forma que podiam. Deixa-me orgulhoso e com vaidade."
Sobre o Vitória: "Melhor arranque do milénio, se calhar. Dinâmica visível, apenas com dois golos sofridos, que revela a excelência do Vitória, tem impacto diferente no campeonato. Percebo que tem uma significado especial vencer em Braga. Respeitadores, humildes, ambiciosos, altamente competitivos, com alegria nas pernas, correr muito e sermos fiéis ao que é nosso, sem esquecer que é um jogo e que podemos ter de nos adaptar em função do jogo. A partir daí, tomar boas decisões. Vamos fazer tudo para ganhar. Todos os pormenores acabam por acarretar um significado importante. A linha defensiva obedece a uma série de regras. Uma voz de comando pode fazer a diferença, não sei se o Vitória vai mudar ou não. Parece que o Villanueva está em dúvida. Vamos ver. O Tomás Ribeiro entrou bem, fez golo, vem com um espírito bom... Cabe-nos interpretar o que podemos explorar no Vitória. O que nos podem dar e oferecer. Da nossa linha defensiva, tenho total conforto em jogar com qualquer um deles. Tomaremos a decisão que for melhor para o FC Porto."
Sobre Samu: "O Rui Borges diz que espera possíveis e que sabe o que podem dar Samu e Danny. Mas há também Fran Navarro e Deniz Gul. Temos este caráter obsessivo de olhar pra métricas, e praticamente crucificamos um avançado que não faz golos. Enquanto o Danny corresponder, terá sempre vida. Seja ele, o Samu, o Fran ou o Deniz. Há coisas inegociáveis e que têm de ser cumpridas. O Samu veio dos Jogos Olímpicos, nem sempre foi titular, teve um momento de inatividade no clube pela pausa de seleções. Vem para o FC Porto, passa meia-dúzia de dias connosco, faz dois jogos, 60 minutos. Ao mesmo tempo fica privado de contacto connosco [n.d.r foi à seleção sub-21 de Espanha]. Aos poucos está a imiscuir-se no trabalho de um avançado no nosso modelo de jogo, o próprio perfil do Samu pede coisas diferentes à nossa forma de jogar. Depende do rendimento deles, da dimensão tática e estratégica, olhar para isto, perceber o momento do jogador, atacar da melhor forma o jogo. Qualquer um dos quatro avançados, e digo sem reserva nenhuma, dá-me muitas garantias para a função e missão de um avançado do FC Porto. Depois é preciso casar com várias coisas . Depende de muita coisa. Olhar para o adversário, olhar para nós e atacar o jogo."