Vítor Bruno: "O FC Porto está muito bem entregue. Eu serei transitório, um mero funcionário"
Declarações de Vítor Bruno na véspera do Aves SAD-FC Porto, partida da nona jornada da I Liga
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Ansiedade da equipa: "Se estiver sempre ansiosa e a ganhar 2-0, dê-me uma folha que assino já".
A estatística: "Quem foi mais utilizado neste jogo com o Hoffenheim, esteve cerca de 1h40 no campo. Desde que terminámos o jogo com o Hoffenheim até ao jogo de amanhã. Nesse tempo, é difícil levar a treino tudo o que sentimos que tem espaço para crescer. E, na verdade, estamos a falar de um processo de crescimento de uma equipa nova, em que as pessoas olhem e se revejam muito no que estamos aqui a construir. Agora, muito do que tem sido operacionalizado em treino e as ideias que têm de ser validadas, não é só com análise de vídeo, não é só falando com os jogadores de forma individual, coletiva, setorial. É preciso levar muito a treino e o tempo para treinar tem sido pouco. No momento ofensivo, há duas jornadas falávamos, antes do jogo com o V. Guimarães – eram dados estatísticos da Liga, não eram meus –, que o FC Porto era a equipa que mais oportunidades criava e mais remates à baliza fazia. Não era perfeita nessa altura, como na altura também não é, nem está perto disso. Como disse, andamos sempre à procura de roçar a perfeição. Houve momentos da época em que já estivemos muito bem, outros não tão bem. Hoje, se calhar, melhor. Sei que a intencionalidade da pergunta tem que ver com o momento defensivo da equipa. Mas eu também sei disso. Mas também se que o Hoffenheim faz um remate enquadrado na baliza. Queremos sempre melhor. Ser muito identitários no que é nosso, sermos muito agressivos no primeiro momento. Se calhar, se tivéssemos isso e ido mais para o lado emocional com o Hoffenheim, teríamos tido outro resultado que não aquele que tivemos agora. Queremos um futebol espetáculo, champanhe, artístico. Eu também quero, também gosto e sou muito adepto disso. Agora, é perceber o momento, ver o que temos, o que estamos a construir, garantir passos sólidos e, a partir daí, tornar o jogo cada vez mais rico. Andando passo a passo, vamos lá chegar."
O clube após as eleições e seis meses de Villas-Boas: "A estabilidade que quero que a equipa tenha é com resultados; é ganhando. O resto sai fora da minha esfera de atuação, não tenho de me pronunciar. O clube está muito bem entregue, como disse. Eu serei transitório no clube, sou um mero funcionário. O presidente pode ter outro tipo de longevidade, porque, geralmente, têm ciclos mais duradouros no tempo. Não quero muito entrar por aí. Passa do âmbito da minha atuação. Tudo o que for para agregar, contem comigo para falar de momentos positivos do clube. Agora, tudo o que for para criar alguma dissonância e ruído, não me leve a mal"