Vítor Bruno e a polémica com Conceição: "Elefante na sala? Pode ser formiga..."
Declarações de Vítor Bruno na apresentação como novo treinador do FC Porto, sucedendo a Sérgio Conceição.
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O que é que se passou com a saída de Sérgio Conceição e com a sua contratação? "Em relação ao elefante na sala, nós podemos olhar para ele como um elefante ou uma formiga. Depende do olhar que nós tivermos perante aquilo que aconteceu. Em relação a esse assunto, devo dizer que não me sinto nada confortável. Passei uma semana muito difícil, eu e a minha família. Uma semana de sofrimento e de grande angústia. Para ser honesto, eu não quero alimentar esse circo mediático que se foi levantando. Fiz aquilo que tinha de fazer, no momento próprio, quando tinha de esclarecer. Remeto tudo aquilo que tenho a dizer agora para aquilo que foi lançado em comunicado. Parece-me que começaram a criar uma novela com capítulos a mais para aquilo que é o guião da verdade. É o meu sentimento genuíno, sincero. Tenho a minha paz interior completamente garantida, adormeço todos os dias sob o aplauso da minha consciência. Tudo o resto que possam querer especular eu já não posso controlar. A partir desse momento, isto é um não assunto para mim. Tenho muito em que me focar, tenho de canalizar a minha energia para aquilo que é o futuro do FC Porto. É isso que quero fazer."
Desgaste: "Para ser honesto, todo este desgaste foi acontecendo de forma natural. Sabemos como vivemos como equipa técnica. Era algo que já era visível e que foi partilhado entre mim e o Sérgio a poucos dias do final da época. Os jogadores conhecem-me e eles têm a capacidade de perceber muito rapidamente a forma como me comportei. Obviamente que não vou mudar aquilo que sou, só porque estou num cargo diferente, mas terei um papel diferente, sobretudo em questão de tomadas de decisão. Sendo o mais justo possível, sabendo que nem sempre o serei, mas é a vida de um treinador. Está muito claro na cabeça dos jogadores aquilo que eu represento e sou."
Decisão de se separar de Sérgio Conceição e tornar-se treinador principal: "Voltamos a falar do mesmo. Não quero continuar a alimentar o tema. Tenho demasiadas preocupações na minha cabeça para estar a castigar-me com algo que vai definir o sucesso do FC Porto. Tinha esta decisão pensada, e fui maturando ao longo da época. Falei com o meu pai, que considero ser um senhor do futebol, que é aquela pessoa a quem recorro. Não falo muito com ele, mas às vezes basta um olhar para perceber o que está do outro lado. A carreira dele também foi construída nestes moldes."