Declarações de André Villas-Boas na Casa do FC Porto, em Coimbra
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Pinto da Costa diz que a sua candidatura não acrescenta e só diz mal. Sente que é justo este comentário do atual Presidente do Porto? "Não, eu não vou entrar neste bate-boca de resposta, portanto, fica sem resposta."
A campanha tem sido quentinha, teme possa escalar e transformar? "Não, nós seguimos o nosso caminho, o nosso caminho é este, é estar próximo dos sócios, compreender os seus problemas, tomar notas, tanto é que hoje foram levantadas boas questões relativamente ao futuro. Esclarecer também relativamente à nossa candidatura, aos nossos passos, ao que temos feito, de uma forma transparente e clara, e continuar a discutir o FC Porto. Portanto, este é o caminho, as datas estão estabelecidas, tudo está a responder aos timings, a adesão tem sido boa, portanto, isto dá-nos confiança. Gostava que ela fosse palpável, e para vocês também, ou seja, que se traduzisse em números evidentes que nos permitisse estarmos aqui colocados a perceber qual é que seria uma intenção de voto. Portanto, nós estamos confiantes, sentimos as pessoas, sentimos o que elas dizem. Agora, realmente é preciso que esta massa humana se mova e exerça o seu direito de voto. Estas deslocações que eu faço têm muito mais de simbólico do que propriamente líquido, se calhar, em termos de voto, porque, como foi falado aqui, estima-se que apenas 15% dos associados das casas sejam também sócios do FC Porto. É um número baixo, mas o meu interesse é estar próximo dos portistas e discutir a visão que eles têm para o futuro do clube e melhorar, de certa forma, a minha candidatura, como hoje ficou provado numa iniciativa da pergunta de um associado que esteve aqui presente, relativamente à influência dos jovens no crescimento do FC Porto. Portanto, isto são tudo notas que tomamos, que levamos ao programa eleitoral, que lançamos. O que é inegável é que o FC Porto está a debate, está aberto, é positivo e deixou de estar fechado numa bolha, como esteve com todos estes anos."
Este regresso a Coimbra é uma regresso especial. Tinha saudades? "Muitas. Aproveitei para ir a Munique, que já não ia há bastantes anos. Portanto, regressar a Coimbra é sempre especial para mim. Foram meses apaixonantes e intensos. E estar aqui de novo, de volta a este estádio, tem esse envolvimento emocional. Infelizmente, a Académica foi regredindo ano após ano nos quadros competitivos portugueses. Tem uma tarefa pela frente que é bastante complicada para recuperar o seu lugar junto da elite do Futebol Português, onde deveria estar. Espero, sinceramente, que em médio e longo prazo o consiga. A Académica faz falta pelo seu simbolismo ao futebol português. É um clube histórico e é um clube onde está a parte também do meu coração."