ENTREVISTA, PARTE II - Villas-Boas deixou ótimas impressões a Maurício, médio que agora joga no Portimonense
Corpo do artigo
Esteve num Zenit recheado de vedetas: Hulk, Danny, Witsel, Garay e Javi, entre outros. Conte lá como foi isso.
-O Zenit sempre foi um clube com muito dinheiro, que ia buscar grandes nomes, e eu nem imaginava que pudesse ir para lá, com tantos craques. Contratava sempre jogadores caríssimos e consagrados. É claro que abracei a ideia, fiz um upgrade na carreira e Villas-Boas enviou-me logo uma mensagem de boas-vindas.
Gostou de trabalhar com André Villas-Boas?
-Fiquei com ótimas impressões e até me surpreendeu, para ser sincero. A primeira impressão, então, foi muito positiva, inclusive porque estive quase seis anos num outro clube da Rússia, o Terek, e era a minha maior mudança fora do Brasil. Foi bom reconhecer que tinha apoio e senti-me imediatamente parte do grupo. Villas-Boas nem tinha obrigação de me enviar a mensagem, mas prontificou-se a fazê-lo. Fui sempre bem tratado, só posso falar de boas referências, com o natural destaque para o que ele sabia de futebol e para o modo como coloca as equipas a jogar.
CURTAS
Terek foi o clube que ficou no coração
"Na Rússia e na Grécia consegui alguns títulos, mas foi o Terek, hoje Akhmat Grozny, que mais me marcou. Tinha apenas 20 anos, não ganhei títulos, mas o carinho é enorme", garante Maurício, revelando gratidão.
Dobradinha incrível ao serviço do PAOK
O médio brasileiro não esquece a campanha de 2018/19, na Grécia, ao serviço do PAOK. "Fomos campeões invictos, num clube que não era campeão há mais de 30 anos. Ganhámos também a taça e fizemos este percurso sem derrotas, o que foi incrível. Acho que foram 52 jogos sem perder, algo de muito especial na minha carreira".
Jesus abriu caminho e Abel cimentou-o
"Os clubes querem trabalhar com pessoas competentes, não interessa se é melhor o português ou o brasileiro", comenta Maurício, a propósito dos oito treinadores lusos que vão disputar o Brasileirão. "O Jorge Jesus abriu caminho e aumentou a confiança, agora reforçada com o sucesso do Abel Ferreira. O treinador tem de ser a cara do clube e é impossível ser campeão se a conexão com os jogadores não for perfeita".