Villas-Boas, as eleições e Pinto da Costa: "Deixo sempre palavras de admiração. Tenho esse respeito por ele"
Declarações de André Villas-Boas aos jornalistas após participar no no Clube de Pensadores, tertúlia promovida por Joaquim Jorge e que decorreu em Vila Nova de Gaia
Corpo do artigo
Está em cima da mesa uma candidatura à presidência do FC Porto em 2024?: "Não sei. Neste momento, o FC Porto está com condições - e espero que estas palavras não estejam perdidas no tempo - de lutar pelo título, suportada na ambição e crença de um treinador e de um presidente únicos e históricos para o FC Porto. Não quero ser um fator de disrupção neste momento de alta concentração para o clube. Tenho falado sempre assim, fui invadido pela emoção quando alguém me escreveu sobre uma possibilidade de mudança de carreira e como um tipo sou veiculado à emoção, não posso negar que essa mensagem de um dia ser presidente do FC Porto me tocou profundamente. Se o mesmo se vai tornar realidade, depende também da vontade dos sócios e não quer dizer que seja para breve."
Depende da candidatura de PC? "Vamos ver. Depende de tantos fatores. Neste momento que não é a altura de falar sobre isso."
Teria de haver uma conversa com o presidente antes? "Não sei, já não falo com o presidente, por acaso esta semana fui chamado para um documentário sobre a vida dele, que fiz com muito gosto, e deixo sempre palavras de admiração. Tenho esse respeito por ele. Nasci em 1977 e ele torna-se presidente pouco depois e nas memórias que começam a entrar na cabeça de uma criança só as conheço com Pinto da Costa como presidente. Respeito, admiração, carinho e agradecimento pelo que fez pelo FC Porto, que é singular. E falo sobre isso publicamente. Já não falo com ele há algum tempo, na última vez foi no falecimento do Fernando Gomes e antes tinha sido na final da Champions do Manchester City com o Chelsea, no Dragão. Não nos cruzamos, sento-me no meu lugar anual, que é o meu lugar de sonho, nessa cadeira bastante importante, e apoio a equipa".
Mas é uma das condicionante, não concorrer contra? "Não. O Joaquim Jorge é um tipo que tenho muito respeito, treinei o seu filho quando tinha 17 anos. Ele lançou essa provocação de umas palavras que eu disse uma vez ao JN, como o presidente disse outras palavras ao JN que englobam as não candidaturas de um e outro em determinadas fases tendo em conta os opositores que possam aparecer. Nesta fase, tenho uma responsabilidade enquanto sócio do FC Porto de ter um papel ativo nas próximas eleições, se será apenas como sócio votante e não candidato, logo veremos".
16318046
Mas, falaria com ele antes de formalizar uma candidatura? "Nem sequer pensei nisso, não é algo que esteja preocupado"
Decisão ainda não está tomada em relação às próximas eleições? "Nesta fase não é importante falar sobre isso, as eleições avizinham-se, os sócios que podem votar têm de ter um ano de associado eu levo 45. A minha voz ativa será participar nesse ato eleitoral e nada mais."
Quando vê um jogo, vê como adepto, treinador ou futuro gestor/presidente? "Vejo como adepto do jogo e profissional que fui do futebol. Vivo, às vezes, dentro da minha cabeça a tática, fruto destes anos de carreira. A gestão executiva não me faz olhar para um jogador e pensar em números, e espero que isso nunca aconteça."
Esperança no campeonato: "Daqui a bocado queremos alimentar essa esperança. O FC Porto tem de cumprir o seu papel de pressionar e parece-me claro que há ansiedade e nervosismo do outro lado que tem de ser aproveitada e para issO é preciso ganr ao Arouca e esperar pelos resultados do Portimonense-Benfica e do Sporting-Benfica".
16314327