A SAD já definiu prioridades para 2020/21: guarda-redes, central, defesa-direito, médio e avançado.
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Apesar de a época atual ainda estar a decorrer e dois dos objetivos traçados para 2019/20, a conquista da Liga e da Taça de Portugal, continuarem em cima da mesa, os responsáveis do Benfica já preparam o reforço do plantel para a próxima época.
As lacunas reveladas ao longo da temporada pelo grupo de Bruno Lage já foram diagnosticadas pela estrutura e a prioridade no ataque ao mercado irá para cinco posições: guarda-redes, defesa-central, defesa-direito, médio-centro e avançado.
Luís Filipe Vieira já anunciou o desejo de levar o Benfica a um patamar superior e, para isso, prepara-se para investir forte. "Daqui por uns dias daremos a conhecer os resultados financeiros deste último semestre, que serão históricos. Será essencial para o novo salto qualitativo que pretendemos dar e que nos permite encarar o futuro com enorme confiança e ambição", apontou Vieira na gala do 116.º aniversário. Uma intenção que, dias antes, na entrega de emblemas aos sócios mais antigos, o líder das águias já aflorara também: "Não sou treinador nem jogo à bola, mas garanto-lhes que estamos a construir um Benfica de dimensão mundial." Ora, é aqui que entra o reforço do plantel com nomes de "peso". Na baliza, e apesar das exibições de Vlachodimos, é percebida uma carência para uma posição onde, nas últimas janelas de mercado, as águias não conseguiram fechar nenhum dos nomes apontados, entre eles Perin, Gulácsi, Helton Leite, Makaridze ou Fabianski, este assumido por Bruno Lage.
O alemão Koch, central do Friburgo, foi alvo dos encarnados em janeiro e no verão poderá voltar a estar na mesa das negociações dado que o Benfica pretende ainda um reforço importante para a posição. Número que pode até passar a dois caso Rúben Dias seja transferido. Na lateral direita, as lesões de André Almeida nesta época abrem caminho à necessidade de reforço, até porque Tomás Tavares ainda não se assumiu como inquestionável. O mesmo se passa na intermediária, onde Weigl não supriu as carências encarnadas. Gabriel tem ainda uma incerta recuperação plena do problema ocular que o tem travado e é entendido que falta mais um médio de construção para 2019/20, depois de a contratação de Bruno Guimarães também ter caído, com o atleta a assinar pelo Lyon.
Finalmente, para a frente, também é vista como necessária mais uma alternativa a Vinícius e a Seferovic, mas que seja também capaz de atuar numa posição mais recuada, e de maior mobilidade, sabendo-se que Dyego Sousa está na Luz emprestado apenas até fim do ano. Recorde-se que o extremo Pedrinho, do Corinthians (ver página 7), está muito perto de ser reforço, aumentando aí também as opções atacantes do Benfica.
Em ano de eleições, em outubro próximo, Vieira promete investir num plantel mais forte e, acima de tudo, mais capaz de dar dimensão internacional às águias.
Águias gastaram 57 M€ nas ligas do top 5
O aumento da capacidade financeira do Benfica, em particular nesta temporada, permitiu abordar com outros argumentos clubes dos cinco principais campeonatos da Europa para contratar jogadores por valores elevados. Esta época, o Benfica gastou 57 milhões de euros em reforços provenientes de três das maiores ligas europeias, atacando em Espanha, Itália e Alemanha, respetivamente: Raúl de Tomás (20 M€, do Real Madrid) e Carlos Vinícius (17 M€, do Nápoles) chegaram no verão para reforçar o ataque às ordens de Bruno Lage e, já no mercado de janeiro, Julian Weigl (20 M€, do Dortmund) ingressou na Luz. Estes negócios, concluídos pelo campeão nacional já depois do encaixe dos 126 milhões de euros pagos no início da temporada pelo Atlético de Madrid por João Félix, deram mostras do novo poder negocial dos encarnados, apesar do fracasso desportivo de Raúl de Tomás, já vendido ao Espanhol, em janeiro, e do menor rendimento, até agora, de Weigl.