SAD prepara regresso à normalidade, sem descurar a hipótese de não haver público nos estádios até final da época, ou por tempo indeterminado.
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A pandemia está a ter consequências importantes a nível económico, que obrigam os clubes a repensar o futuro. É essa planificação que os dirigentes encarnados estão a elaborar, não só a nível desportivo, mas também da gestão.
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No caso do Benfica, com grande parte dos seus dirigentes e funcionários (e todos os plantéis) confinados aos seus domicílios, a tomada de decisões é imprescindível e, segundo O JOGO apurou, assumida pelo seu presidente, Luís Filipe Vieira, a partir do centro de comandos que tem montado no Seixal, onde tem um plano B em marcha.
Nos últimos 36 dias, desde que se realizou o último treino do plantel principal, já no Estádio da Luz, a gestão diária tem sido realizada em versão teletrabalho através de plataformas de videoconferência, com reuniões sectoriais que visaram, numa primeira fase, a implementação de medidas de resposta à pandemia, que passaram pela paragem da "fábrica" encarnada. Depois, e numa segunda fase que ainda decorre, as principais figuras da SAD e clube começaram a elaborar um plano que, com base na análise realizada, permita colocar em prática estratégias de trabalho e, sobretudo, de gestão assim que o país, e o futebol, reabra portas ao regresso à normalidade progressiva.
Presidente dos encarnados continua a marcar presença no Benfica Campus, onde se desloca três a quatro vezes por semana. Do seu gabinete, resguardado, toma pulso a todas as decisões
Este processo tem sido conduzido à distância por Luís Filipe Vieira, mas não em exclusivo de casa, pois o líder encarnado não dispensa a presença, três a quatro vezes por semana, no Benfica Campus, onde ocupa o seu gabinete, resguardado, para marcar presença nas reuniões por videoconferência e assegurar o funcionamento do Benfica.
Neste âmbito, Luís Filipe Vieira tem sido colocado a par das recomendações da Liga, tem recebido o aconselhamento de algumas figuras importantes na gestão das águias e, em conjunto, tem preparado o referido plano de ataque à esperada fase seguinte do período atual. Nomeadamente, e segundo apurámos, tem estado em cima da mesa uma planificação para um regresso efetivo, ainda que à porta fechada, das competições até final da época, mas também um plano que aponte para o impacto, sobretudo nas receitas, que poderá advir do afastamento dos adeptos dos estádios por tempo indeterminado, opinião manifestada ao líder encarnado por alguns dos seus conselheiros.