Lançado por Rui Vitória no início de 2015/16, acabou por não vingar na Luz "por falta de oportunidades", advoga Victor Andrade em entrevista a O JOGO. Cedido agora ao Munique 1860, quer ficar na Alemanha
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Promovido dos bês à primeira equipa do Benfica logo na primeira jornada da última época, Victor Andrade ainda chegou a ser titular e a jogar na Champions. Campeão nacional, mas com apenas 168 minutos em cinco atuações, o extremo recusa, porém, ter falhado na Luz, confessando a sua surpresa pelo empréstimo em janeiro aos vimaranenses. Satisfeito na Alemanha, diz-se encantado no Munique 1860, clube ao qual foi cedido por um ano.
Como explica o seu desaparecimento no Benfica? Sente que falhou ou que faltou algo mais da sua parte?
Não. Faltaram-me foi mais oportunidades. Da minha parte não faltou nada, dei tudo. Faltaram foi oportunidades do lado do Benfica. Eu fiz a minha parte, mas isso é uma questão que cabe ao clube responder. O Munique 1860 agora está a dar-me uma oportunidade para mostrar o meu trabalho e estou feliz.
Foi promovido da equipa B à equipa principal e chegou a ser titular. Mas depois as coisas acabaram por não correr bem...
Também esperava isso. Mas há coisas que não conseguimos entender. Mas não quero pensar muito nisso. Faz parte do passado, tenho de deixar isso para trás. São coisas do futebol, não sou eu que vou mudar. Eu vou continuar a fazer o meu trabalho para as coisas darem certo.
O que Rui Vitória lhe pediu quando chegou à equipa?
Pediu o mesmo que todos os treinadores pedem: resultados. Estava a dar o que ele queria, estava a dar esses resultados, mas há coisas que acontecem que fazem parte do futebol.
Houve algum deslumbramento da sua parte?
Todos têm direito à sua opinião. Não é do meu carácter deslumbrar-me, não tinha razões para isso.
Com o desaparecimento voltou à equipa B e acabou por ser emprestado em janeiro ao V. Guimarães. Foi a melhor opção para a sua carreira?
-Não foi o melhor para mim, porque não foi uma coisa planeada. Chamaram-me à última hora do fecho da janela de transferências a dizer para ir para o V. Guimarães. Não sabia de nada, ninguém me tinha falado nada. Foi algo à pressão. Foi de última hora, ninguém me tinha avisado de nada.
Foi contrariado...
Pretendia ficar na equipa B, era o que estava definido. Até porque até então ninguém me queria deixar sair. Mas à última hora chamaram-me, e o meu empresário e a minha família acabaram por dizer para ir para o V. Guimarães, pois seria o melhor para mim. E fui. Mas não foi nada planeado.