Vasco Botelho da Costa e a pré-época: "Isto é um pouco como a escola..."

O Moreirense empatou este sábado, sem golos, frente ao Chaves, em mais um particular de preparação para 2025/26. Após o teste, Vasco Botelho da Costa falou, aos meios oficiais do clube, sobre a pré-temporada.

"Está a correr bem. Podemos dizer que já temos aqui aquela adaptação inicial. Para nós, equipa técnica, é um novo ambiente, novo clube, novas pessoas, e as próprias pessoas para connosco. Mas já passámos um bocadinho essa fase e estamos mais na fase de especialização, onde já temos aqui algum conhecimento de todos os atletas e já podemos aqui entrar em mais detalhes sobre aquilo que queremos que eles executem melhor ou não. E já se vê alguma identidade daquilo que queremos no jogo e, portanto, considero que está a correr muito bem. Isto é um pouco como a escola. A pré-época é muita informação, informação nova, matéria, digamos assim, e depois estes jogos de treino servem para irmos pondo coisas em prática para que depois, quando iniciarmos o campeonato, a equipa já esteja num nível aceitável", afirmou o treinador.

"Foi um jogo interessante. Sabíamos que, por ser uma equipa da II Liga, nos ia colocar problemas diferentes, com as linhas muito juntas, o que torna as coisas mais difíceis. Às vezes é mais simples quando as equipas nos vêm pressionar um pouco mais e dão-nos mais espaço para nós fazermos o nosso jogo. Ainda não tínhamos bem passado por isto e acabou por ser interessante percebermos que os momentos em que tínhamos que ter mais responsabilidade a construir o nosso jogo ofensivo, as zonas onde podemos arriscar mais ou não, mas eu penso que acabámos por ter muita chegada à baliza adversária. Aqui ou ali podíamos ter rematado um pouco mais à baliza, mas acho que acabámos por ter mais oportunidades do que o nosso adversário. Foi um jogo também algo condicionado pelo momento, porque as equipas ainda não estão num pleno fisicamente e é mais difícil jogar com este calor. E isso sentiu-se nos últimos 20 minutos da primeira parte - uma vez que fizemos duas partes de 60 minutos -, quebrámos ali um bocadinho e o Chaves aproveitou para crescer também ao pé da nossa baliza. Na segunda parte já foi um jogo um diferente, um pouco mais mastigado, mais fechado. Também estamos a dar oportunidade a alguns dos nossos meninos e a outros atletas que chegaram agora ao clube. É o crescimento normal numa altura destas, mas acho que podíamos ter ganho. Queremos ganhar sempre, independentemente de ser um jogo amigável ou não, e ainda que a principal prioridade não seja o resultado. Mas podíamos ter feito golos", considerou sobre o duelo contra o Chaves. 

A presença dos adeptos foi destacada. "Torna tudo mais especial sem dúvida, é verdade. Foi para mim a primeira vez a jogar em nossa casa, naquilo que queremos que seja a nossa fortaleza, os adeptos marcaram presença ali à sombrinha, na bancada, porque, lá está, estava muito calor, e espero que sempre que tenham oportunidade nos que venham nos apoiar, pois é para nós uma honra representar as gentes de Moreira e, fundamentalmente, aquelas que se identifiquem com o que apresentamos semanalmente. É esse o nosso grande objetivo, que eles venham ver-nos jogar e sintam orgulho nesta equipa e naquilo que nós estamos a construir", rematou.