Excertos da entrevista de Silvestre Varela ao programa "Hora dos Craques", apresentado por Maniche, no Porto Canal.
Corpo do artigo
Papel num balneário tão jovem na equipa B: "Ajudá-los. Se um jogador está a passar um momento mais difícil, consigo perceber isso, chego ao pé dele e tento dar-lhe uma palavra. Eles ouviam. Mesmo no treino, é preciso andar e às vezes o jogador começa a baixar porque começa a acreditar que não vai ser opção. Se a cabeça não estiver bem, não adianta, a coisa não anda."
Planos a partir de agora: "Já tenho vindo há algum tempo a preparar. Quero continuar ligado ao futebol, vou tirar o curso de treinador e estou a tentar perceber o que é que me pode fazer feliz. Gosto de campo, de estar com os miúdos, mas sei que é difícil e tenho de aprender, aprendi muito este ano com a equipa técnica, com o míster Folha e o staff."
Últimos anos e atenção com os mais novos: "Desde os 34 anos que tenho feito contratos de ano a ano, porque ao fim da época queria perceber como me sentia física e psicologicamente, se ainda conseguia ajudar dentro de campo. Fisicamente, podia continuar a jogar, mas tomei esta decisão porque queria acabar a carreira no FC Porto. No meu contexto de equipa B, não queria estar a ocupar a vaga de alguém, dos miúdos que pudessem crescer. Tinha essa noção. Na primeira época ainda joguei bastante, era uma equipa nova e fui importante para ajudar no crescimento desses jogadores todos que chegaram. Este ano, senti que a equipa estava bem e que não tinha a necessidade de estar ali. Não quero ocupar a vaga de um miúdo."
Conselhos para os craques do futuro: "Existe muita qualidade na formação do FC Porto. O que é preciso é eles serem bem aconselhados, saberem gerir a carreira e ouvirem os treinadores e as pessoas que estão perto, para não se perderem."