Frederico Varandas, presidente do Sporting, aproveitou o arranque da pré-época dos leões para falar à Sporting TV
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Partir em igualdade com Benfica e FC Porto: "Há nove meses diriam que era quase impossível o que alcançámos e eu sempre acreditei. Mesmo com as derrotas nunca duvidei do potencial. É esse acreditar e confiança que também tenho para esta época. Vamos fazer melhor. Vamos ficar acima do terceiro lugar, é uma realidade para mim e não tenho medo de assumir. Tenho muita confiança de que o vamos fazer. É normal e legítimo acima do terceiro. E campeão? Claro que não há uma pessoa no grupo que não tenha esse sonho e ambição. Na estrutura vamos ter racionalidade e inteligência para chegar lá acima. Assisti nestes meus quase 40 anos o Sporting dar um passo em frente e depois vários para trás. Vi ganhar campeonato acidentalmente e depois voltar à travessia no deserto."
Uma tragédia: "É fácil e muito perigoso jogar póquer novamente, pôr as fichas todas e depois é uma tragédia se não formos. Como aconteceu quando pegámos no plantel, tivemos de pagar 50% em nove meses por uma jogada de risco. Não podemos pôr o Sporting em risco. O Sporting tem de crescer sem dar passos atrás, de forma sustentada e estruturada. Não se luta pelo título por se dizer isso ou por ir mostrar o museu. Não se vai lá só por se dizer o que se quer. O Sporting tem de criar uma estrutura realmente vencedora. Queremos crescer de forma sustentada, para nunca mais estar 17 anos sem o título. Precisamos de rigor , frieza ,competência e inteligência. 'Step by step'. mais cedo ou mais tarde. seremos campeões."
"Não se luta pelo título por se dizer isso ou por ir mostrar o museu. Não se vai lá só por se dizer o que se quer. O Sporting tem de criar uma estrutura realmente vencedora"
O preço do populismo: "Vou dar armas a Keizer para lutar título. O preço do populismo é alto, leva a viver na ilusão, e no dia em que acordamos com a verdade deparamo-nos com o 'gap' para os rivais. Nada se alcança com populismo e demagogia. Não podemos perder mais tempo para recuperar o tempo perdido. É verdade que os rivais têm certas receitas... O número que mais me incomoda é o de anos de estabilidade que os rivais têm comparado connosco, décadas de estabilidade, é o número que faz a diferença. Os outros números serão corrigidos com o tempo."