Imprensa grega atribuiu a Pedro Martins uma frase sobre o Olympiacos, na terça-feira, imediatamente desmentida pelo próprio. O que não invalida a existência de emblemas interessados
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igado contratualmente ao Vitória até junho de 2018, a continuidade de Pedro Martins em Guimarães está muito longe de ser um assunto encerrado. O bom trabalho desenvolvido pelo treinador ao longo dos últimos meses, culminado com o quarto lugar no campeonato e a participação na final da Taça de Portugal, despertou a atenção de clubes estrangeiros. O Olympiacos, da Grécia, é um deles e ontem o treinador viu-se até envolvido num episódio de falsas declarações ao portal grego "Gazzetta".
"É claro que gostaria de trabalhar num grande clube como o Olympiacos." Foi esta a frase atribuída a Pedro Martins, replicada depois pelos jornais portugueses nas suas edições online. Em contacto com O JOGO, o treinador desmentiu ter feito qualquer afirmação do género. "Completamente falso", frisou, agastado com a repercussão do caso.
O esclarecimento da situação não anula a possibilidade de o técnico sair do Vitória. Apesar de sentir uma ligação muito forte ao clube, e de poder evoluir na próxima época com a participação na fase de grupos da Liga Europa, o apelo de emblemas mais fortes e endinheirados, capazes de suportar equipas teoricamente superiores, poderá ser determinante para o futuro imediato de Pedro Martins. Depois de não ter dado garantias sobre a continuidade do treinador na próxima temporada, em declarações proferidas após a final do Jamor, Júlio Mendes manteve-se incontactável no dia de ontem, tal como Armando Marques, responsável pelo futebol.
Certo é que o contrato de Pedro Martins tem uma cláusula de rescisão, algo normal hoje em dia, embora o valor não seja conhecido. Rui Vitória, por exemplo, tinha uma "multa" rescisória de cerca de um milhão de euros, pelo que o montante não será muito diferente.
Se se confirmar a saída do treinador, a SAD vitoriana terá de ir ao mercado pela terceira época consecutiva. Depois da saída de Rui Vitória, Armando Evangelista foi a solução encontrada e não durou muito tempo. Veio Sérgio Conceição, saiu no fim da época e chegou Pedro Martins.