Colombiano é o peso que mantém o equilíbrio na balança azul e branca e, com exceção das interceções, está melhor em praticamente todos os parâmetros defensivos (duelos, recuperações... etc.)
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Lançado para a titularidade na ressaca da eliminação da Liga dos Campeões, frente ao V. Setúbal, Uribe pegou de estaca no FC Porto à boleia de um conjunto de exibições em que sobressaiu essencialmente pelo cumprimento de tarefas fundamentais para o equilíbrio da equipa.
Os dragões só perderam um dos sete jogos em que Uribe foi titular. Foi na quinta-feira, com o Feyenoord, num encontro em que o médio foi dos poucos que não se afundaram na "Banheira de Roterdão"
Ao contrário do que acontecia na Colômbia ou no México, o médio tem-se revelado mais de tração atrás do que à frente, permitindo a Danilo soltar-se com outra frequência para terrenos mais adiantados. O colombiano corre agora menos riscos (média de dribles baixou), começou a soltar a bola com outra simplicidade e acerto (eficácia de passe aumentou) e, acima de tudo, melhorou a olhos vistos em quase todos os parâmetros defensivos desde que chegou ao futebol europeu (duelos individuais, recuperações de bola, etc.).
As estatísticas fornecidas pelo portal "Wyscout" são como o algodão e demonstram que, no cômputo geral, Uribe está transformado num jogador bem mais eficaz do que no passado recente (ver eficácia do acumulado de ações na infografia).
Como não há bela sem senão, as preocupações que Uribe tem demonstrado com os equilíbrios do FC Porto não lhe têm permitido aproximar-se tanto da área adversária como gostaria. A média de remates, de assistências para remate e até de toques na área baixaram um pouco em comparação com aquilo a que estava habituado no América (México) ou no Atlético Nacional (Colômbia).
De resto, o médio não só ainda não marcou esta temporada como ainda procura o primeiro disparo na direção da baliza. No entanto, não foi por isso que os dragões deixaram de ganhar, pelo contrário: com o internacional colombiano no onze, a equipa de Sérgio Conceição só sucumbiu uma vez. Foi na quinta-feira, contra o Feyenoord (Liga Europa), num jogo em que o 16 dos portistas até foi dos poucos que não se afundaram na "Banheira de Roterdão". Foi, aliás, o que mais duelos venceu (12), por exemplo. Não admira que já seja indispensável.
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