Desafios de superação de Pote começaram aos 9 anos em Vidago. Respondia com golos a provocações do irmão, lembra o antigo colega Vítor Costa, hoje internacional A pela Suíça em futsal
Corpo do artigo
Leia também FC Porto manda na Cidade Invicta e apenas 10% são benfiquistas. Quem o diz é uma sondagem
Vítor Costa esteve com Pedro Gonçalves aos 9 anos no Vidago, viu o colega sair para Chaves, acompanhando depois, passo a passo, a ascensão grandiosa do craque do Sporting, mesmo penando sem grande espaço de protagonismo no Valência e Wolverhampton. O tempo mudou as vidas, Vítor emigrou e fixou-se no Luxemburgo, trocou o futebol pelo futsal, sendo hoje internacional na modalidade, pela Suíça.
"As nossas vidas distanciaram-se um pouco, mas nunca deixei de seguir o que ele faz. Quem cresceu com ele nesse período, já adivinhava que ia vingar no futebol, graças à qualidade que transpirava desde muito novo", sugere. "Era muito forte individualmente, notava-se, de longe, que era fora do normal", acrescenta, gabando a personalidade de Pote. "Vejo nele a humildade de nunca ter esquecido de onde veio. Faz o que se espera dele, destaca-se com naturalidade em qualquer contexto. Já no Vidago resolvia jogos", explica Vítor Costa.
Engraça a conversa, desvela a meninice, recorrendo ao baú... "Em Vidago, não me lembro contra quem, o irmão provoca-o num jogo. 'Dou-te o meu telemóvel, se marcares um golo'. Ele marca em dois minutos e o irmão diz que lhe dá o carregador, se marcar outro. Dois minutos volvidos, novo golo do Pote. Nesse jogo fez quatro golos, sempre a ser desafiado", relata, torcendo por um lugar entre os eleitos na defesa das Quinas. "Acho que ainda se vai transferir para um grande clube estrangeiro, está mais que pronto para isso! No que toca à Seleção não lhe deram ainda as oportunidades que merecia. Mas vão chegar", garante o médio, que joga pela Suíça mas vive no Luxemburgo. Fica a torcer por mais golos do craque do Sporting, amigo de Vidago, imaginando ainda ganhar uma camisola de um ídolo que foi íntimo no campo.