É preciso recuar mais de dez anos para uma janela em janeiro sem caras novas nos dragões
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O mercado de transferências a meio da época poucas vezes tem dado frutos ao FC Porto, mas essa não terá sido a única razão para que, pela primeira vez em mais de dez anos, não tenha qualquer cara nova no grupo.
Registou-se apenas uma movimentação: a saída, por empréstimo, de Nakajima para o Al Ain. Há um ano, o FC Porto também não contratou ninguém, mas Conceição promoveu Vitinha, da equipa B, para colmatar a saída de Bruno Costa. Desta vez, nem isso, até porque as chamadas de Francisco Conceição foram esporádicas. É, por isso, preciso recuar até 2010/11, com André Villas-Boas, para encontrar outro mercado de inverno sem qualquer entrada.
Conceição não fechou a porta a chegadas, mas não queria alguém apenas para ser alternativa. Assim, o treinador preferiu não deixar sair mais ninguém além de Nakajima. E a verdade é que dos jogadores que entraram para o plantel principal em janeiro desde que Sérgio é o treinador, apenas Pepe e Manafá podem ser considerados claros casos de sucesso. Diogo Dalot, promovido dos bês em 17/18 fez oito jogos na segunda metade da época e ofereceu mais retorno financeiro do que desportivo, porque seria vendido por 22 milhões de euros ao Manchester United.
De resto, jogadores como Waris, Paulinho, Osório, Fernando Andrade ou mesmo Loum não vingaram. Mas isto não aconteceu apenas com o atual treinador. No fundo, registam-se mais casos de insucesso do que o contrário. Soares (16/17), Quaresma (13/14) e Lucho (11/12) são dos poucos que resultaram. Marega não entra neste lote porque a primeira meia época após a contratação resultou na dispensa ao V. Guimarães.