Apesar de o bracarense Esgaio ter mais minutos, o extremo portista é o único que foi sempre a jogo. Rivais do Sporting estão bem frescos
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Mbemba, Zaidu, Uribe, Corona e Taremi são os cinco portistas que mais sobrecarregados estão neste início de ano civil, a meio de um ciclo muito intenso de jogos que começou em janeiro e só terminará no final de fevereiro.
Estamos a meio dos 16 jogos previstos em pouco mais de 50 dias e Sérgio Conceição será obrigado a gerir, algo que fará já hoje, quinta-feira, como ontem anunciou.
O caso do mexicano é sintomático: Tecatito é o único jogador dos candidatos ao título que não folgou em 2020/21. São 29 jogos, todos os que a equipa disputou. Caso parecido só o de Esgaio, lateral do Braga, que até é o que mais minutos tem acumulados. Ainda assim, teve direito a descansar uma vez. Corona não o fez. Mais: no último ano, participou em 53 desafios dos 54 que o FC Porto contou. Só falhou o jogo do título, com o Sporting, em julho, porque estava castigado.
Esta é uma questão particularmente relevante nesta fase da época. E só o líder Sporting está livre desta necessidade, por disputar apenas o campeonato, depois de ter sido eliminado da Taça de Portugal no início de janeiro e das competições europeias logo a abrir a época. O Benfica, que viu praticamente todo o plantel parar por covid-19, acaba por não ter as pernas de nenhum elemento muito carregadas à partida para mais um mês de bastante intensidade. Em Braga, Carlos Carvalhal depara-se com um problema idêntico ao de Conceição. Para ilustrarmos a sobrecarga de que falamos, recorremos a dois períodos temporais: a época, que baliza um período mais largo, e o último mês, que incluiu desafios a cada 3/4 dias e em campos quase sempre pesados.
O FC Porto tem quatro jogadores entre os 10 mais utilizados na Liga, que seriam sete se a lista crescesse para 15. Manafá, Uribe e Marega também jogaram que baste. Nos 10 com mais minutos nos últimos 30 dias aparecem cinco portistas. E o 11.º é Pepe. No resto, a principal conclusão já foi identificada acima: os cinco jogos a menos que o Sporting fez por comparação com os rivais dão vantagem clara na gestão do treinador, que não tem propriamente de ter atenção a este fator.