Um dérbi na final 13 anos depois e um troféu que pode decidir-se entre os postes
Com Darwin ausente, o único dianteiro dos rivais que tem estado de pé quente, Vlachodimos e Adán podem assumir papel decisivo e já demonstraram a sua importância várias vezes esta época.
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Joga-se este sábado a segunda final entre Benfica e Sporting para a Taça da Liga. Os encarnados, os mais fortes na prova, mesmo que não a vençam desde 2016, procuram o oitavo título na competição.
Sem troféus desde a Supertaça de 2019, goleada de 5-0 aos leões, as águias jogam em Leiria com o fito de dar a volta ao momento pouco brilhante que atravessam. Do lado contrário está o atual campeão da prova e vencedor da última Supertaça e campeonato. Também numa fase de menor fulgor, o Sporting procura recuperar os índices de confiança que já exibiu recentemente.
A partida fica marcada por várias ausências, especialmente do lado do Benfica: o central argentino Otamendi e o avançado uruguaio Darwin, melhor marcador da equipa e do campeonato, estão ao serviço das respetivas seleções. O mesmo sucede com Coates, capitão dos leões e companheiro de Darwin na celeste. Veríssimo está ainda privado de Rafa, a contas com covid-19, e Seferovic, lesionado, para além de Lucas Veríssimo e Rodrigo Pinho, a recuperarem de cirurgias.
Perante o momento menos inspirado das equipas e em particular dos seus atacantes, exceção a Darwin, os guarda-redes Vlachodimos e Adán podem ter papel decisivo no desfecho da final. Aliás, sabendo bem da importância de ganhar o troféu, tanto Veríssimo como Amorim não deram nas semifinais a titularidade a Helton Leite e João Virgínia, jogadores que tinham antes jogado as partidas das taças de Portugal e Liga.
Com o Boavista, Vlachodimos somou o jogo 150 pelos encarnados - nos estrangeiros, só está atrás de Preud"homme - e foi herói do jogo, impedindo a derrota no tempo regulamentar com duas grandes defesas e defendendo depois um penálti no desempate. Adán tem sido determinante desde que chegou e nas três conquistas alcançadas desde então. Com o Santa Clara não fica totalmente isento de culpas no golo sofrido, mas em cima do descanso evitou nova vantagem dos açorianos com defesa à andebol.
O JOGO comparou os desempenhos dos dois guardiões nesta temporada e Vlachodimos é mais vezes "chamado a jogo", fazendo uma média de três defesas por encontro (Adán tem 1,9), porém isso é um reflexo de o Benfica permitir mais tiros dos adversários, e foi cinco vezes o melhor em campo para o nosso jornal. Em oposição, Adán tem duas distinções de melhor em campo, sofreu menos cinco golos do que o grego, mesmo tendo uma média de defesas abaixo do rival, que reflete as menores veleidades concedidas pelo Sporting. A sair da baliza, e nos voos caracterizados como defesas de reflexos, Adán alcança um aproveitamento de 60,4%, faz mais defesas "impossíveis", enquanto Vlachodimos está nos 48,4 %.
Podem ser determinantes hoje, principalmente se a Taça da Liga se decidir em penáltis. Nos lances de 11 metros em toda a carreira - não se contabilizaram os desempates - Vlachodimos tem oito defesas, mais do que as seis de Adán. Só que o grego, titular habitual em todos os clubes por onde passou, enfrentou 56 tiros de 11 metros, enquanto Adán, suplente no Real Madrid e Atlético Madrid, foi desafiado 29 vezes. Ganha na eficácia (17,1 % para os 14,3% de Vlachodimos).