Um 5-0 com um desnível histórico: mais remates e menos disparos consentidos do que em 1996 e 2010
Dragões remataram mais e concederam menos nesta goleada do que nas de 1996 e 2010
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O 5-0 com que o FC Porto derrotou o Benfica, no domingo, trouxe à memória dos adeptos dois resultados idênticos do passado, mas o desnível estatístico no clássico de 2024 atingiu níveis históricos quando comparado com o de 1996 e 2010. A superioridade da equipa de Sérgio Conceição em relação às de António Oliveira e André Villas-Boas, respetivamente, ficou bem refletida na quantidade de remates que efetuou ao longo dos 90 minutos, bem como no número de disparos consentidos aos encarnados, que, desta vez, terminaram o clássico em inferioridade numérica.
Em 1996, na Luz, para a Supertaça, Artur, Edmilson e companhia procuraram o golo por 16 vezes, mais do que as 14 de Falcao, Hulk e a restante comitiva em 2010, no Dragão, para o campeonato, mas menos do que as 18 de Galeno, Pepê e demais, no domingo, para a Liga. No polo oposto, isto é, no capítulo dos disparos permitidos, a de 1996 foi a mais “permeável”, dando ao Benfica a oportunidade de testar a atenção de Wozniak por 15 ocasiões. Helton, em 2010, foi visado por oito vezes e Diogo Costa, anteontem, apenas por cinco.
A eficácia defensiva foi um dos aspetos que mereceu atenção de Sérgio Conceição na preparação deste jogo, mas foi a necessidade do FC Porto concretizar as oportunidades que o técnico mais enfatizou, até porque o Benfica chegava ao Dragão como a defesa menos batida da Liga. Repetir o desperdício verificado uma semana antes, com o Gil Vicente, seria contra producente, ainda por cima quando o jogo se revestia de decisivo para as contas da Liga. A mensagem, como se percebe pelo 5-0 final, chegou em pleno aos jogadores.