Acuña convence ex-jogador que foi campeão do Mundo em 1986. Nos sub-23 do Brasil, Wendel tem estado a alto nível e Bruno Gaspar estreou-se por Angola.
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Quem jogava na seleção argentina de Maradona arriscava passar despercebido e, para a maioria dos adeptos do futebol, Julio Olarticoechea é um exemplo.
O antigo lateral-direito da Alviceleste campeão do mundo no México"1986 e vice-campeão no Itália"1990 até se destacou com o cruzamento para Caniggia, ex-Benfica, na meia-final contra a Itália (em 1990), e apesar de atuar no flanco oposto do sportinguista Acuña, percebe da posição. E não tem dúvidas em falar do canhoto dos leões de forma muito elogiosa.
Jogador do Sporting prepara a participação na Copa América, mais uma possibilidade de valorização. A SAD vê com bons olhos a rentabilização do seu passe, mas a Alvalade não chegaram propostas
"Gosto da forma como ele [Acuña] joga, acompanhei-o de perto na passagem pelo Racing. Tem técnica, é atrevido, gosta de encarar os adversários sem receio, tira bons cruzamentos... Não domina com a perna direita, mas isso não é culpa dele, é de quem o formou. Mas é muito versátil", disse o antigo campeão do mundo numa conversa com o diário argentino "LMNeuquén", da localidade onde o dono da camisola 9 dos leões nasceu. "No Mundial de 1986, jogámos com uma linha de três mentirosa na defesa, e eu fazia de lateral ofensivo. É diferente ter todo o corredor para ti ou ter um clássico lateral", apontou Olarticoechea, antes de prosseguir. "O Acuña tem boa saída, a questão é a marcação e o fechar de espaços, tendo em conta que joga com pendor ofensivo. Quando não estás habituado, é uma missão complicada", acrescentou o ex-campeão do mundo que, a nível de clubes, atuou no Racing, River Plate, Boca Juniors, Argentinos Juniors e Nantes.
Recorde-se que Acuña está concentrado com a seleção da Argentina que se prepara para competir na Copa América, mais uma oportunidade de valorização para decidir o seu futuro. O extremo reconvertido em lateral esteve à beira da saída no mercado de janeiro (o Boca Juniors e o Zenit apresentaram propostas que, contudo, não satisfizeram as pretensões da SAD) e continua a ser um ativo que os leões pretendem rentabilizar no mercado. No entanto, além do recente interesse do Racing, não chegou ainda nenhuma proposta a Alvalade. E o jogador não quer regressar nesta fase à Argentina.
Wendel e Bruno Gaspar assistem
O calendário internacional levou mais dois leões a jogo no sábado: Wendel e Bruno Gaspar. E ambos venceram os respetivos encontros, fazendo, respetivamente, a assistência para o primeiro golo do Brasil contra o Catar (5-0, no Torneio de Toulon) e para o primeiro de Angola contra a Guiné-Bissau (2-0, em amigável em Penafiel).
Refira-se que o médio brasileiro, que renasceu em Alvalade com a chegada de Marcel Keizer, aproveita para, no Torneio de Toulon - inserido na seleção de sub-23 -, preparar os Jogos Olímpicos de Tóquio"2020. Os brasileiros golearam o Catar, terminaram em primeiro do grupo e Wendel estreou-se a titular (jogou 80"), contribuindo decisivamente para a vantagem: roubou a bola no meio campo ofensivo e de seguida assistiu Mateus Cunha para o 1-0.
Já o lateral luso-angolano, com prestações intermitentes em Alvalade na última época, está concentrado com as palancas negras, em Portugal, a preparar a Taça de África das Nações, que se disputa no Egito de 21 de junho a 29 de julho. Contra a Guiné-Bissau, em Penafiel, o lateral leonino estreou-se pela seleção angolana e logo com uma assistência, para o 1-0, apontado por Evandro Brandão.