Gonçalo Gregório foi o melhor marcador da Liga 3 na época passada e abriu esta edição com um hat trick ao V. Setúbal.
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Perante mais de 12 mil espectadores, Gonçalo Gregório ajudou com três golos na vitória por 4-0 sobre o V. Setúbal, no início da Liga 3.
Três golos na primeira jornada... vamos tê-lo de novo como melhor marcador?
-Se as coisas correrem como na semana passada, acho que sim. É o meu objetivo claro, depois da vitória da equipa estar assegurada. Claro que pretendo marcar o maior número de golos possível, é para isso que trabalho todos os dias. Felizmente correu bem, apesar de termos muitos jogadores novos. Estou muito feliz pelo desempenho da equipa e pelo meu.
É disto que um avançado vive, do golo?
-Todos os avançados estão sempre a pensar no próximo golo. Depois de fazer dez, queremos 15. Eu não fujo à regra. Claro que penso nisso, apesar de não ser uma obsessão. Marcar golos é das melhores coisas do mundo. Mesmo quando não se dá a vitória, quando é apenas um golo, é uma alegria que não dá para explicar. Talvez por ser assim tão bom é que eu persigo os golos.
No ano passado a União de Leiria falhou a subida no final da prova. O que tem de mudar este ano?
-Sinceramente, não faltou grande coisa. Vou dar um exemplo muito simples: o PSG investe muitos milhões e tem o Neymar, o Mbappé e o Messi. Foram campeões porque foram premiados pela sua regularidade no campeonato, mas chegaram à Liga dos Campeões e perderam. Por vezes, são pequenos pormenores que fazem a diferença. Não há equipas invencíveis e a fase final é como se fosse um torneio, decidindo-se em pormenores. Mas ficámos longe de desiludir. Pelo contrário, praticámos bom futebol, apenas o resultado nem sempre foi o esperado.
Ter 12 mil adeptos a apoiar, como na última jornada, aumenta a determinação dos jogadores?
-É sempre bom ter os adeptos no estádio, porque nos dá uma força extra. E também funciona ao contrário em relação aos adversários. Foi a segunda maior assistência em Portugal e é de louvar a promoção da parte da nossa Direção. Fizeram um belíssimo trabalho. Felizmente foi um grande dia e também conseguimos premiar a nossa Direção com uma vitória.
Esta época há muitos jogadores novos e um treinador diferente. Os jogadores já assimilaram as ideias de Vasco Botelho da Costa?
-Nada está feito ainda. Foi apenas um jogo, um começo auspicioso e de bom nível. Claro que demonstra que temos assimilado essas ideias, mas ainda estamos longe de onde queremos e podemos estar. Tem sido relativamente fácil perceber essas ideias, porque são claras e objetivas. É um futebol de ataque, atrativo e nós revemo-nos nele. Tem sido um bom casamento.
E o casamento do Gonçalo Gregório com a União de Leiria, está para durar?
-Não sei. Agora estou tranquilo e focado e é só nisso em que penso, em ajudar a equipa com golos.
Um goleador atinge, muitas vezes, a maturidade numa idade mais avançada. Com 27 anos está no auge?
-A idade só nos pode trazer coisas boas. Acho que com 26, 27 ou 28 anos ainda estamos na nossa plenitude física. Já adquiri muita experiência a todos os níveis. Não sei se estou melhor, porque também já fiz muitos golos noutras épocas, mas sei que me sinto muito bem e que estou numa fase muito boa. Sinto-me muito bem mental e fisicamente.
O próximo jogo é com o Alverca, o que espera?
-Vai ser um jogo muito complicado, como são todos. As equipas nesta divisão são todas muito parecidas. É uma longa caminhada, pelo que temos de pensar jogo a jogo e treinar forte.
Há alguma marca de golos que o Gonçalo queira alcançar esta temporada?
-Não, mas espero marcar já contra o Alverca e ajudar a minha equipa a vencer o jogo.
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