"Todas as afirmações que põem em causa a minha seriedade têm o mesmo destino"

Começou esta quarta-feira no Tribunal do Bolhão, o julgamento que opõe Pinto da Costa a Nuno Lobo, na sequência de uma ação interposta pelo presidente do FC Porto contra o candidato às eleições do clube em 2020. O dirigente dos dragões processou judicialmente, por difamação, Nuno Lobo, devido a uma entrevista dada em 2020 ao jornal A Bola, em que terá dito que "ao contrário do senhor Pinto da Costa", é "um homem íntegro e honesto".

Logo no começo da sessão de hoje, o antigo candidato à presidência do FC Porto afastou, prontamente, a hipótese de um acordo entre as partes. "Obviamente que não", afirmou.

Lobo disse, depois, que se sentiu ofendido por Pinto da Costa ter dito que não o conhecia numa entrevista ao Porto Canal, dada ainda antes da referida entrevista ao jornal A Bola. E, por esse motivo, proferiu as declarações em causa. O presidente dos azuis e brancos respondeu, dizendo que ficou indignado e ofendido com a expressão, até porque ouviu a expressão ipsis verbis no excerto de um áudio divulgado naquela altura.

Nuno Lobo, por seu lado, referiu que a acusação de não integridade e desonestidade o ofendeu e que até tinha estado reunido com Pinto da Costa no gabinete do presidente uns tempos antes da entrevista. E vincou que não tinha intenção de ofender Pinto da Costa. O líder do FC Porto confirmou a reunião, que terá sido a única, e explicou que nem percebeu o porquê daquele encontro, acrescentando que nunca mais viu Nuno Lobo em atividades do clube portista, como Assembleias Gerais e outros eventos.

Pinto da Costa garantiu ainda que "todas as afirmações que põem em causa" a sua seriedade "têm o mesmo destino", ou seja, um processo em tribunal por difamação.

Durante a sessão em tribunal, o presidente dos dragões vincou, várias vezes, que não conhecia Nuno Lobo. "Há centenas de pessoas que tiram fotos comigo e eu não as conheço", adiantou.

A próxima sessão do julgamento ficou agendada para 13 de dezembro.