Ex- diretor para o futebol do clube encarnado criticou a forma como decorre a campanha eleitoral, em declarações proferidas à margem do Portugal Football Summit
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A campanha eleitoral no Benfica: "Se calhar isto vai ser um bocadinho polémico. Obviamente que desde pequenino que sonhei que um dia podia ser presidente do Benfica, mas neste momento digo que, vendo aquilo que eu estou a ver das eleições do Benfica, se fosse candidato ia ter zero votos, porque não tenho capacidade de ser demagogo e populista. Por isso as ideias que eu tenho para o Benfica são ideias que são pouco populares. Fruto da minha experiência, acho que conheço muito bem o Benfica, de A a Z, estive nas modalidades, estive no futebol e tenho as minhas ideias. Mas tenho que reconhecer que, se um dia fosse candidato, tinha só o voto do meu pai e da minha família, porque as minhas ideias são pouco populares."
Demagogia de todos os candidatos? "É de toda a gente. Eu não me quero pôr num pedestal ou o que quer que seja, mas acho que aquilo que se vê... Eu como sócio, obviamente, que esperava ser informado, ver projetos. Já estamos agora na fase do ataque pessoal, que também é uma coisa muito normal nas eleições e a única coisa que eu sei é que o Benfica fica a perder. Por isso é que eu acho que, independentemente do meu benfiquismo, será muito difícil algum dia eu entrar nessas dinâmicas. Neste momento não consigo votar em ninguém."
As promessas eleitorais: "Não vou andar a comentar aquilo que os candidatos prometem. Prometem treinadores, dirigentes, jogadores, prometem muita coisa. Aquilo que eu verdadeiramente gostava de saber é as questões que são essencialmente importantes para o Benfica. E no meu entender, o Benfica tem uma situação económica difícil. O Benfica, e atenção eu fiz parte disso também, ganhou dois campeonatos nos últimos oito anos e acho curioso que as pessoas, em termos de campanha, falam de tudo menos do projeto desportivo do Benfica e da situação económica do clube."