"O modelo competitivo que nós temos, ou então aquele que disse André Villas-Boas"

Gostou do que disse esta manhã Andŕé Villas-Boas?
Gostei de tudo o que ouvi.

Uma das coisas em que André Villas-Boas falou foi na especificidade demográfica do futebol português. Não há provavelmente mais nenhum país da Europa que tenha trẽs clubes com uma percentagem tão grande dos adeptos consumidores de futebol. Como se consegue uma chave da distribuição das verbas, e um bolo comum, de forma justa, quando esses clubes tẽm um peso muito maior nas receitas do que os outros. Como se faz essa quadratura do círculo?

O país tem essa realidade, ou seja, FC Porto, Benfica e Sporting não são de Lisboa ou do Porto. São de dimensão nacional, e se há clubes de dimensão local com a dimensão que têm, como o Vitória, temos ao longo de todo o território adeptos dos três grandes. E quando se promove um jogo, é o jogo local, e quando se fala dos trẽs grandes, que tẽm 90 e tal por cento dos adeptos, por isso temos um projeto previsto que vai para a rua em breve, que é uma ação de sensibilização, para incentivar adeptos para puxar pelas suas equipas, mas não criando multas com maus comportamentos. O país tem essa dimensão dos tais 90 e tal por cento

Mas como vai resolver isso na hora de distribuir? Não podem ficar com 90 e tal por cento das receitas, esses trẽs clubes...
Nos diálogos com as SAD, quer os quadros competitivos, quer na chave de distribuição, nós sentimos muito consenso.

Qual então modelo competitivo que está a reunir mais consenso?
Diria que são dois. Ou o que nós temos, ou então aquele que disse hoje o Villas-Boas, que é criar mais clássicos.

Aquele modelo de primeira fase de campeonato a uma volta e depois a divisão das equipas?
Sentimos da parte das equipas essa opção, outra opção é a que existe atualmente. Mas são essas duas opções as principais. Nas conversas com as SAD sentimos muita abertura para isso, mas vamos em dezembro abordar isso com as SAD.