"Terei de me ajustar, foi um comportamento que não é válido para um treinador do Vitória"

Pressão de três derrotas: "A partir do momento em que assinei contrato e assumi a equipa principal, essa pressão existe sempre. Não escondo que trabalhar em cima de vitórias dá muito conforto e também não nos escondemos que estamos a preparar um jogo com três derrotas seguidas, esse é o caminho para percebermos. A ansiedade que possa passar para o grupo não será nada favorável para que possamos fazer. Amanhã, é uma oportunidade para quebrar este ciclo, é desta forma que trabalhámos e preparámos a semana, mas essa pressão temo-la no momento em que representamos este clube."
Perfil de jogo com o Santa Clara: "Queremos ganhar o jogo, teremos de assumir o jogo, percebendo a competência do Santa Clara, haverá momentos em que teremos de estar em bloco baixo, estes são jogos do nosso campeonato. Existiu observação, o Santa Clara conseguiu a primeira vitória no campeonato, teve também uma reestruturação no plantel, é um grupo que trabalha junto há dois/três anos, muitos atletas novos, ganharam e isso tira algum peso, abordarão o jogo de uma forma diferente. Antes de ganhar, jogarmos bem."

Lesionados: "Nenhum recupera para amanhã. Mas vamos apresentar com um onze muito competitivo e com jogadores no banco em que o treinador acredita. Não nos vamos agarrar a isso. Queremos ganhar. Não há outra forma de estar neste clube."

Ausência no banco por castigo [expulso frente ao Braga]: "Houve uma mini-preparação em relação a isso, não estarei no banco por um comportamento desajustado que tive em Braga, tenho a humildade, agora, de o dizer. A responsabilidade do cargo que ocupo, obriga-me a ter mais ponderação. Mas uma ponderação mais gestual do que verbal. Terei de falar aqui que o senhor Nuno Almeida [árbitro do dérbi] foi um homem sério, escreveu no relatório exatamente aquilo que eu disse, e foi público. Não me custa nada assumir que, enquanto treinador e líder desta equipa, terei de me ajustar, mas isto sou eu, era eu na equipa B e foi assim enquanto atleta e profissional do Nacional e serei assim no dia em que sair do clube, isto é o Moreno. Mas faz-me perceber que terei de me ajustar, porque é um comportamento que não é válido para um treinador do Vitória. Tinha obrigação de dizer isso, e dizer que enquanto cá estiver, serei sempre eu, desta forma apaixonada, tenho de me ajustar em alguns momentos do jogo, eu falo muito do equilíbrio e paixão e este meio termo terá de existir. Não estarei no banco, confio muito na equipa técnica que me acompanha, de uma forma muito verdadeira. Se calhar, o Moreno não fará falta no banco, os jogadores é que têm de ir com a cabeça limpa para dentro do jogo."

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