Na primeira sessão de alegações finais no julgamento do ataque à Academia do Sporting, o Ministério Público sublinhou o conteúdo de mensagens trocadas via Whatsapp.
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O Ministério Público (MP) sublinhou esta quarta-feira o conteúdo nas mensagens trocadas por arguidos no processo do ataque à Academia do Sporting, via Whatsapp, antes da invasão do dia 15 de maio de 2018.
"Expressões utilizadas [nas mensagens] não deixam dúvidas sobre a intenção dos indivíduos: 'é chegar, bater e ir embora', 'quando a polícia chegar já fomos embora', 'amanhã vão levar a sério' e 'vão levar nos cornos'. Todos intervêm nas conversas, que vão sendo no mesmo sentido, e nenhum se desmarca", assinalou a procuradora no Tribunal de Monsanto, durante a primeira sessão de alegações finais.
"E até falam da atitude a adotar se aparecer a Polícia de Alcochete. O arguido Rúben Marques foi o único que admitiu que era para ir bater", prosseguiu a procuradora, citando uma outra mensagem:
"A finalidade era do conhecimento geral e no círculo de pessoas em que confiavam não escondiam. Daí o arguido Emanuel Calças perguntar se sabiam ao que iam. 'Têm de levar todos nos cornos menos o Bruno Fernandes [mensagem do arguido Montez]'", rematou a representante do MP.
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