Taremi mais em jogo do que Gonçalo Ramos: as diferenças entre os goleadores de FC Porto e Benfica

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AFP
O portista marca quase sempre na primeira parte, enquanto o benfiquista o faz na segunda. O homem das águias é especialista a encostar à boca da baliza, enquanto o dragão, pelo contrário, está mais em jogo e prefere "convidar" os companheiros de equipa a marcarem golos fáceis.
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Dois dos melhores goleadores do campeonato vão estar amanhã frente a frente: Gonçalo Ramos, líder da tabela de marcadores, com seis tentos, frente a Mehdi Taremi, que integra o grupo de segundos classificados, com cinco.
E apesar da proximidade no número de golos, há muito a separar o benfiquista do portista, se analisarmos os respetivos desempenhos.
A começar pelo "timing" com que encontram o caminho das redes. Enquanto o iraniano marcou quase sempre na primeira parte (quatro em cinco), o português marca mais na segunda metade (quatro em seis). Por outro lado, se o portista é a chave que abre a porta à sua equipa, apontando o primeiro tento em quatro jogos, o benfiquista marcou quatro vezes com as águias já em vantagem.
Mas até a forma de concretizar é diferente, com Gonçalo a finalizar quase sempre à entrada ou dentro da pequena área, o que aconteceu cinco vezes (três delas num remate de primeira). Já os golos de Taremi são mais diversificados, desde um penálti (Ramos não marcou nenhum dos 11 metros), a um remate forte à entrada da área, a outro de cabeça ou a uma recarga. Pode dizer-se também que, se Ramos "encosta", Taremi convida a encostar. Isto porque o iraniano tem três assistências até agora, todas em passes de morte que foi só empurrar (Pepê duas vezes e Evanilson outra).
De resto, o portista chega ao clássico no melhor momento da época, numa sequência de cinco jogos seguidos a marcar ou a assistir. Ramos marcou em três das últimas cinco jornadas, mas em duas delas bisou.
Os números indicam ainda que, regra geral, Taremi está mais em jogo do que Gonçalo, tendo em conta que, em média, faz o dobro dos passes, o triplo dos cruzamentos e o triplo dos dribles, recebendo também o dobro dos passes de Ramos (21 contra 11, em média por cada 90 minutos disputados).
