Taremi em exclusivo: "Foi um ano fantástico na minha carreira. Tem sido incrível"

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Pedro Correia/Global Imagens
ENTREVISTA, PARTE I - Eleito Jogador do Ano pelos leitores de O JOGO, o iraniano elege a conquista do título na Luz como um dos pontos altos de 2022, que fechou como o segundo jogador mais influente da Europa, com 50 participações em golo. Um 2022 de sonho já está no álbum de memórias, pelo que Taremi olha para o novo ano com vontade de fazer, no mínimo, igual. Na hora de falar em mérito, distribui os louros por todos, dos colegas ao staff.
Cinquenta participações diretas em golos - Só Mbappé (57) fez mais na Europa -, três troféus conquistados e a presença no Mundial fizeram de 2022 um "ano fantástico" para Taremi. Em entrevista exclusiva a O JOGO, no âmbito da eleição de Jogador do Ano para os nossos leitores, o dianteiro do FC Porto vira baterias para 2023, sem esquecer momentos como a presença no Catar e a conquista do título na Luz. Sobre o futuro, mostra-se sereno.
Terminou um 2022 de sonho com um "hat-trick". Foi o melhor ano da carreira?
-Em primeiro lugar, obrigado por esta distinção. Foi, de facto, um ano fantástico na minha carreira. Tem sido incrível. Agora quero manter este nível, para poder repetir em 2023.
Qual foi o melhor momento?
-Felizmente, foi um ano repleto de grandes momentos. Pude disputar o Mundial, fui campeão com o FC Porto no Estádio da Luz, a casa do Benfica, que é o nosso rival... Eu e a equipa tivemos muitos bons momentos, conquistámos três troféus, que é sempre algo impressionante.
Qual o peso dos seus companheiros de equipa nesta distinção?
-Quero agradecer a quem votou em mim, aos leitores do jornal O JOGO, e, quanto à pergunta, não tenho dúvidas: deve-se à equipa, a cem por cento. Aos que jogaram mais, aos que jogaram menos, à equipa técnica, ao staff... No fundo, a todo o clube. Quando ganhas, muitas vezes o segredo está nos detalhes e todos nós nos esforçámos muito pelas vitórias que alcançámos e para que o FC Porto fosse o melhor clube em 2022. Foi o que aconteceu.
Como disse, foram três troféus conquistados e a ida ao Mundial. O que resta para fazer em 2023?
-É uma questão difícil. Dou sempre o melhor que tenho, isso é o que posso garantir. Mas vamos ver o que é possível fazer na Liga dos Campeões. A nossa equipa tem muita qualidade e sinto que podemos fazer algo positivo. Vamos ver o que acontece. É muito difícil, já se sabe, a competição é muito dura, mas vamos fazer o melhor que sabemos. Vamos tentar, como fazemos sempre, e ver o que dá.
Os registos que apresenta a nível de golos e assistências colocam-no a par de nomes como Mbappé e Lewandowski. O que é que isso o faz sentir?
-Sinto gratidão, acima de tudo. É muito bom saber que estou ao lado de alguns dos melhores jogadores da atualidade e é algo que me dá imensa motivação para o futuro, não só para 2023, mas também para 2024 e por aí fora.
O sonho de chegar ao bicampeonato ainda está de pé, apesar da desvantagem para o líder Benfica?
-Sim, sem dúvida. Ainda faltam 20 jornadas até ao final do campeonato... O mais importante é aquilo que nós fazemos no FC Porto. E isso passa por darmos o melhor que temos para vencer cada jogo. Vamos esperar para ver o que as outras equipas fazem, mas o mais importante, como disse, é que colocamos tudo o que temos em cada jogo, sempre com a vitória no pensamento.
Ainda tem dois anos de contrato com o FC Porto. O que lhe falta fazer e vencer?
-As coisas estão a correr bem e quero continuar assim. Vamos ver o que acontece.


