Dois anos e meio depois de se sair para o Bayer Leverkusen, Tapsoba continua a salvar as contas, agora com a alienação do direito a 15 por cento das mais-valias numa futura transferência.
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A necessidade de resolver problemas de tesouraria levou o Vitória de Guimarães a vender ao Bayer Leverkusen as mais-valias de 15 por cento acordadas no contrato de transferência do central Tapsoba para o clube alemão, a troco de 2,2 milhões de euros.
Quem o confirmou, em resposta ao pedido de esclarecimento de um sócio, foi o presidente António Miguel Cardoso, na Assembleia Geral que juntou várias centenas de vitorianos no pavilhão do clube, na noite de anteontem.
A operação que, em janeiro de 2020, sob a presidência de Pinto Lisboa, conduziu o defesa do Burquina Faso ao Bayer Leverkusen, com um vínculo de cinco épocas e meia, a troco de 18 milhões de euros, permanece como um recorde na história do emblema vimaranense, que detinha 70 por cento do passe e recebeu, por isso, 12,6 milhões de euros, com possibilidade de o valor aumentar até sete milhões de euros em função de objetivos (número de jogos, títulos, qualificações europeias).
Ficaram ainda salvaguardadas mais-valias de 15 por cento numa futura transferência, e foi essa cláusula que a SAD de António Miguel Cardoso se viu na necessidade de negociar para enfrentar a grave situação económica da SAD cuja gestão assumiu em março. Tapsoba, 23 anos, permanece no Bayer Leverkusen - fez 29 jogos, na última temporada - e os alemães pagaram 2,2 milhões de euros para não terem de repartir aquela percentagem de um eventual lucro futuro; numa hipotética saída por 40 milhões de euros, o central - atualmente cotado em 35 milhões de euros no Transfermarkt, um site especializado na matéria - renderia cerca de 2,7 milhões. "Havia contas para pagar e compromissos por cumprir", explicou o presidente cujos primeiros meses de gestão têm sido conduzidos pela urgência de reduzir custos e fazer face a problemas de tesouraria.
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