Aquisição de mais 40 por cento dos direitos de futura venda é desejada pela SAD leonina, mas as prioridades são outras.
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Bruno Tabata tem vindo a assumir cada vez mais protagonismo entre os comandados de Rúben Amorim, técnico que já olha para o brasileiro como uma opção a ser tida em conta no alinhamento inicial da equipa, factos que levam a SAD a pretender assegurar mais 40% dos direitos de uma futura transferência, ainda que tal, sabe O JOGO, não seja uma prioridade até ao final da presente temporada.
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É que, de acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, o elenco liderado por Frederico Varandas está concentrado em outros processos relacionados com a constituição do atual plantel, para os quais necessita, em função da liquidez existente, de concentrar esforços financeiros.
E aqui entram as questões relacionadas com o reforço do plantel na reabertura do mercado de transferências em janeiro, a eventualidade de avançar para uma negociação com o Famalicão para a aquisição de maior valor de Pedro Gonçalves - algo que ainda não está decidido -, bem como a conclusão de algumas renovações que estão em marcha. Isto, sabendo-se, como tem sido público por parte dos dirigentes leoninos que a intenção passa por continuar a reduzir a massa salarial do plantel principal, naquele que é um quadro financeiro marcado pelos efeitos da pandemia, geradores de naturais perdas em termos, por exemplo, de receitas de bilhética ou merchandising. Depois, em torno de Bruno Tabata, além do trajeto que está em curso, há outro factor que poderá ter alguma influência em todo o processo e que passa necessariamente pela chamada ou não de Bruno Tabata à seleção olímpica do Brasil, que participará nos Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo verão, depois do adiamento por causa do covid-19.
Os reajustes do plantel no mercado de janeiro e os processos de renovação de atletas configuram-se como custos de maior premência para os leões, que só pagaram 500 mil euros ao Portimonense
Bruno Tabata, diga-se, foi adquirido por 500 mil euros, ficando o Sporting com 100% dos direitos económicos e desportivos do jogador, mas, conforme foi comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Portimonense tem direito a 90% de uma futura venda, tendo a SAD verde e branca a opção de reduzir essa percentagem para os 50%.
Avançado está no topo das prioridades em janeiro
É na questão do avançado que os responsáveis leoninos estão focados, ainda que em Alvalade não se pretenda alimentar muito esse aspeto em termos públicos. Paulinho, do Braga, era o desejo e os leões chegaram a conversar várias vezes com os arsenalistas sobre o atleta que Rúben Amorim tem pedido a Frederico Varandas.
Desejo: Rúben Amorim quer um avançado e Matheus Reis tem vindo a ser negociado
Outros nomes têm sido estudados, naturalmente, mas o internacional português continua na lista. O Sporting, apesar das limitações financeiras, mantém viva a ideia de um negócio com prazos de pagamento dilatados no tempo para negociar em janeiro. Além do avançado, em curso está o processo de contratação de Matheus Reis, lateral-esquerdo polivalente do Rio Ave que está em conflito com o clube e termina o contrato no final de junho. O negócio poderá mesmo ser firmado já em janeiro, ainda que as verbas envolvidas possam ser baixas, até porque pode rumar a Vila do Conde mais um jogador do Sporting. Luiz Phellype era o desejado pelos vilacondenses, mas, por enquanto, o avançado mantém-se distante desse cenário. Ivanildo Fernandes é outro dos nomes conversados entre as partes.
Falta de liquidez deu azo à criatividade
Não é frequente os clubes de maior dimensão efetuarem acordos como o que foi feito na condição de compradores, mas a verdade é que a forma criativa encontrada surgiu pela falta de liquidez da SAD para efetuar um investimento avultado em Bruno Tabata. Por 500 mil euros os leões retiram o rendimento desportivo do atleta e deixam o Portimonense com a expectativa de um avultado encaixe futuro pela valorização do atacante, até porque a seleção olímpica brasileira fica mais próxima.