O Alverca luta pela subida à II Liga e os golos de Ricardo Rodrigues têm ajudado a conseguir vitórias. O bom momento desportivo bateu de frente com a perda do companheiro de equipa Alex Apolinário
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O jogo com o Lourinhanense foi o primeiro depois da perda do Alex. Quão importante foi esta vitória?
- Foi importante, porque precisávamos de um bocado de ânimo. Foram duas semanas muito complicadas emocionalmente, um momento muito difícil para todos. Nenhum de nós tinha passada por uma situação destas e foi extremamente importante, não só para homenagear o Alex, mas também para mostrar que estamos presentes e vamos lutar até ao fim.
Como é que o grupo está a lidar com o choque tão grande?
- As coisas estão a evoluir naturalmente. É levantar a cabeça. O Alex vai estar sempre connosco e temos de ir a jogo para o honrar e para honrar a camisola do Alverca.
Subir à II Liga seria a melhor homenagem que podem fazer ao Alex?
- Seria, sim. Sem sombra de dúvidas.
Joga no Alverca e, com sete golos em 11 jogos, é um dos goleadores da Série F
Tem sete golos marcados, já bisou, já fez um hat-trick e está a lutar pela subida de divisão. Que análise faz à sua época até ao momento?
- A minha época tem sido boa, mas ainda não dentro das expectativas que eu tinha, tanto a individual como coletivo. Mas, por enquanto importa é ajudar a equipa.
É, a par do António Xavier, do Sintrense, o melhor marcador da Série. Ambiciona ser o melhor marcador do campeonato?
- Sim, ambiciono ser o melhor marcador da minha série. Ontem [n.d.r anteontem], até em brincadeira, mandei mensagem ao Xavier, que foi meu colega de equipa no Aves, a perguntar se queria roubar-me o título de melhor marcador... [risos]. Mas não tenho nenhuma meta de golos definida.
Quais são os seus pontos fortes como jogador?
- Sou um jogador forte no um para um e a finalização é a minha melhor característica.
Até onde pode ir esta equipa do Alverca? Disputar o acesso à II Liga é o grande objetivo?
- Os objetivos desta equipa são claros: conseguir a subida de divisão à II Liga. Neste momento não dependemos de nós [n.d.r Torreense lidera a série com mais cinco pontos], mas esse é o objetivo principal.
Atingir apenas a Liga 3 seria o suficiente para deixar o clube e os jogadores satisfeitos?
- Não, isso não nos deixaria satisfeitos. A estrutura e o plantel querem a subida de divisão para a II Liga e é para isso que estamos a trabalhar.
Já esteve na I Liga, com o Aves, no ano passado jogou na II Liga, pelo Estoril. O que o levou a "descer" ao CdP e escolher o Alverca?
- Fundamentalmente, o projeto que me apresentaram. É um clube que merece, já há alguns anos, estar num patamar mais alto.
Tem-se exibido a bom nível no CdP nos últimos anos, já atingiu os profissionais, mas com passagens breves... O que falta para se afirmar?
- Um treinador que faça de mim uma verdadeira aposta.
Jogou durante alguns anos no Aves. Como vê esta situação que o clube atravessa, tendo descido aos distritais?
- É uma situação complicada, mas acho que eles se vão conseguir reerguer. É um clube com adeptos fantásticos e que, com a estrutura que tem agora, vai conseguir subir e voltar aos lugares em que merece estar.
Em relação ao futuro, tem recebido abordagens ou está apenas focado no Alverca?
- A mim ninguém me fez abordagens, isso tem de ser com o meu empresário. Mas estou focado no Alverca e nos objetivos do clube.
Quais são os objetivos a longo prazo?
- Para já, quero garantir a subida de divisão com o Alverca e fazer uma boa época com o Alverca, é o que interessa. Se não fizermos isso, nunca ninguém se vai lembrar de nós.