Confira a análise aos desempenhos dos jogadores do Sporting no duelo com o Sevilha, no Troféu Cinco Violinos
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SPORTING UM A UM
Adán
É de um passe seu, sem nexo algum, que nasceu o golo do Sevilha. Falhou um cruzamento largo, que Matheus Reis compensou. Apesar de um jogo abaixo do que se tem visto, evitou o segundo golo logo após o reatamento com uma boa mancha.
Gonçalo Inácio
Mestre na contenção diante dos adversários, Inácio foi fundamental na primeira parte, pois estancou os principais contra-ataques do Sevilha, ganhando vários lances de 1x1. Falhou várias entregas de bola. Jogou como central do lado direito, relegando Neto para o banco.
Coates
Estabeleceu a linha defensiva e teve sempre o radar alerta para fazer passes acertados para a frente de ataque. Dois cortes preciosos.
Matheus Reis
Fica ligado ao golo do Sevilha porque, ao dar a linha de passe a Adán, acabou por colocar em jogo o rival. Corte fundamental, ao segundo poste, evitando o 2-0 e limpando o erro de cálculo do seu guarda-redes. Recupera a bola no lance que ditaria o 1-1.
Porro
Pouco focado nas tarefas defensivas, situação que sobrecarregou Inácio, mas com rasgo suficiente para desequilibrar. Na primeira parte, Porro descobriu Pote e Paulinho com passes longos; na segunda combinou bem com Edwards e assistiu Paulinho e Pote com centros para a área. Começou por ele a reação do Sporting.
Ugarte
Saiu lesionado aos 24". Lutador, mas sem forma de tapar os vários buracos no meio-campo.
Matheus Nunes
Perdido nas tarefas defensivas durante toda a primeira parte. Melhorou após o intervalo, ainda que sem o acerto necessário nos passes de rutura. Não teve espaço nem a frescura para os arranques habituais.
Trincão
Longe do que pode valer. Sem intensidade para reagir a cada perda de bola. Complicou com bola nos pés, ora por driblar em demasia, ora por escolher as piores opções de passe. Denotou falta de entendimento com a equipa e fadiga física.
A FIGURA
Pedro Gonçalves
Improviso voltou à lista de atributos
Em 2021/22, pese embora os 15 golos e as 11 assistências, Pedro Gonçalves pareceu sempre um jogador algo preso de movimentos, sem a espontaneidade que, na época de estreia pelo Sporting, gerava golos a cada oportunidade. Ontem, foi sempre um ativo perigoso e a equipa melhorou quando saiu da esquerda para vir buscar o jogo ao meio- campo. Além de duas tentativas perigosas, foi influente quando se posicionou a "8", criando o golo de Paulinho, mas também outras oportunidades. Está num bom momento.
Paulinho
Foi a referência ofensiva, procurando receber, em zona central, os passes da defesa do Sporting, tarefa que cumpriu com acerto. À frente da baliza e à entrada da área foi vagaroso na maioria dos lances, levando a bancada ao desespero. De vilão passou a herói, porque, com um tiro potente obteve o empate.
Morita
Entrou a medo, mas cresceu no meio-campo. Primeiro, sentiu o peso de Alvalade e pouco arriscou no passe, no entanto após o intervalo comandou a pressão alta, marcando quase de forma individual cada linha de passe na saída de bola do Sevilha. A astúcia a trancar o adversário lá atrás foi decisiva para o 1-1.
Edwards
O extremo desequilibrou por completo o Sevilha. Atirou ao lado depois de driblar o guarda-redes, mas logo aí mostrou a fragilidade andaluz na canhota, continuando a perfurar. Muito acima de Trincão.
Rochinha
Sobre a esquerda pouco se viu. Ganhou algumas bolas no centro do terreno, mas não definiu bem os contragolpes.
Fatawu
Testado a ala esquerdo. O ganês foi importante ao colocar em sentido a defesa rival. Boas receções e alguns dribles. Consolado por todos os colegas ao falhar o último penálti.
Tabata
Movimentou-se por todo o ataque, antecipou-se em vários duelos e fez jogar no pouco tempo que teve para se exibir.