Conter as jogadas de estratégia dos rivais pode significar, defensivamente, meio caminho andado para os leões. Contra o Famalicão, na última jornada, duas faltas deram dois livres fatais
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O Sporting já sofreu 12 golos esta temporada (no mesmo número de jogos) e cinco surgiram através de lances de bola parada, o que representa 41,6% dos lances que se revelaram fatais para os leões na temporada em curso.
Sporting sofre um golo a cada sete remates adversários
Através da má experiência a defender as jogadas de estratégia dos adversários, o Sporting vai aprendendo que matar jogadas dos rivais com faltas à entrada da área (em zona frontal ou lateral, para livres diretos ou indiretos, variantes aproveitadas no sábado pelo Famalicão para marcar dois golos), ou conceder cantos, pode não ser a melhor opção.
Parar o jogo, sendo que o Sporting é a equipa habitualmente dominadora e com mais posse de bola, dá aos adversários que jogam mais na contenção e nas saídas rápidas a possibilidade de aplicar lances estudados e ensaiados até à exaustão com régua e esquadro nos treinos.
Quando o jogo pausa para livres e cantos (e penáltis), o rival reorganiza-se, reposiciona as suas unidades mais produtivas no jogo aéreo ou os melhores rematadores podem ter a chance de finalizar em zona onde de bola corrida não conseguem ter espaço para armar o disparo enquadrados com a baliza.
E perante a régua e esquadro e movimentações coletivas estudadas dos adversários, o Sporting não tem correspondido na organização defensiva, nas marcações ou na concentração. Para o jogo aéreo os verdes e brancos têm os seus especialistas, mas no habitual posicionamento destes para marcação à zona isso tem sido fácil de contornar pelos rivais.
Cinco dos 12 golos sofridos pelo Sporting esta temporada foram consentidos em lances de bola parada
Contra o Famalicão, uma falta deu livre direto que acabou em golo, e outra falta um livre lateral onde a marcação falhou.
Um golo sofrido a cada sete remates
Não é preciso muito para o Sporting sofrer um golo. A cada 7 dos 77 remates que os leões consentiram nos 12 jogos oficiais disputados (o que dá 6,4 consentidos por jogo), um é golo. E desses 77, 28 foram na direção da baliza (a cada 2,5 um é golo): 42,8% dos remates à baliza deram golo.
Um registo de realçar, pela negativa, pela facilidade com que os rivais marcam na baliza habitualmente defendida por Adán (Luís Maximiano fez um jogo, na Taça de Portugal contra o Sacavenense, e sofreu um golo de bola corrida).
Impacto: 41,6%
Os cinco golos sofridos de bola parada, de um total de 12 encaixados têm impacto de 41,6% no total de golos sofridos. Dois tiraram dois pontos com o Famalicão e dois ajudaram à eliminação contra o LASK.
Faltas: 15,58
Com um total de 187 faltas em 12 jogos, o Sporting comete uma média de 15,58 faltas por jogo. E sofre uma média de 18,58