"Sporting? Senti que fiz o meu trabalho como deve ser, foi uma boa experiência"
ENTREVISTA - De volta ao Everton, o guarda-redes cruza-se amanhã com a antiga equipa, num desafio que considera ser especial. Acredita que será "um bom teste" para os "toffees"; Aos 23 anos e após dois anos cedido, o internacional sub-21 promete dar luta a Pickford, depois de ter visto o clube inglês renovar a confiança, oferecendo-lhe mais um ano de contrato.
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A época passada, no Cambuur ,deu a João Virgínia mais tempo de jogo, mas o guardião ambiciona melhor.
Amanhã o Everton recebe o Sporting. Como vê o reencontro?
-É um jogo especial para mim, por ter sido jogador do Sporting. Vai ser um bom teste para nós, contra uma equipa que joga muito bom futebol. É muito bom jogar contra os meus antigos colegas e treinadores. Ainda não falei com eles, mas certamente vou falar antes do jogo.
Jogou no Sporting há duas épocas e era o suplente. Apesar dessa situação, foi uma boa experiência?
-Os treinadores, Rúben Amorim, Vital e Tiago, transmitiram-me sempre grande confiança para estar preparado para jogar a qualquer momento e em qualquer jogo. Senti que fiz o meu trabalho como deve ser, foi uma boa experiência. Trabalhei sempre bem nos treinos porque, mesmo não estando a jogar, treinando bem estava a ajudar-me e aos meus colegas, nomeadamente os avançados.
Havia a possibilidade de ficar no Sporting, porque é que não se concretizou?
-Foi uma hipótese que até estava prevista em termos contratuais, mas acabou por não acontecer. A decisão não passou por mim, ficou por aí.
O que é que as passagens pelo Sporting e pelo Cambuur lhe deram?
-Foram experiências distintas. Ir para o Sporting foi muito bom. Permitiu-me voltar ao meu país, estar perto da minha família. Era uma equipa que estava a dominar, jogou muito bem o ano inteiro e só foi uma pena não termos ganho o campeonato. Mas vencemos uma Taça da Liga. Fiz vários jogos nas taças, estreei-me na Champions e foi um futebol diferente, porque éramos uma equipa de posse de bola, que dominava. Depois, saí para uma realidade completamente diferente. Numa equipa com maiores dificuldades, cheguei a ter jogos de fazer dez defesas... no ano anterior quase precisei de todos os meus jogos para fazer tantas. Por isso, foi ainda mais importante para o meu desenvolvimento essa época de empréstimo que vivi no Cambuur.
Está de regresso ao Everton após dois anos de empréstimo e renovou, recentemente, até 2025. Porquê?
-O regresso foi natural. Tinha mais um ano no contrato e o clube tem tido um acompanhamento muito positivo da minha carreira, tem permitido que jogue por empréstimo noutros clubes para ter mais jogos, experiências diferentes. Voltando ao Everton, seria importante para eles a minha renovação e foi fácil chegarmos a um acordo.
Falou com treinador Sean Dyche antes de tomar a decisão. Foi importante?
-Tive a oportunidade de passar aqui os últimos jogos da temporada passada porque sofri uma lesão. Acabei por voltar mais cedo a Liverpool. Conheci logo a equipa técnica, os métodos de treino.
E que impressões lhe deixou o treinador?
-O Sean Dyche é muito direto, tem uma ideia de futebol muito clara. Gosta de um futebol direto e agressivo. Quer jogadores que trabalhem e lutem o máximo nos treinos. Portanto, é muito fácil lidar com ele.
À sua frente como titular para a baliza continua a ter o Pickford, o guarda-redes da seleção inglesa...
-Estamos a falar do número um inglês. Ele tem estado muito bem nas últimas épocas, é bom trabalhar com um guardião de grande qualidade, ajuda-nos a melhorar.
Na anterior passagem pelo Everton chegou a disputar três jogos. Tem agora um estatuto diferente?
-Voltando esta época e até com a renovação, o que me foi transmitido é que terei mais oportunidades, que serei o reserva do Pickford. Sendo o número dois estarei sempre a um pequeno passo de entrar na equipa e acredito que posso ter oportunidades. Foi isso que me fez voltar para cá.