A juíza Sílvia Pires marcou (com notificação para o efeito) audiências a atletas do atual plantel como testemunhas, de 2 a 4 de dezembro, mas a equipa estará fora de Lisboa.
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A juíza Sílvia Pires agendou, no decorrer da quinta sessão do julgamento do processo da invasão da Academia realizada na terça-feira no Tribunal de Monsanto, as primeiras inquirições aos jogadores do plantel do Sporting para o início da semana, situação que gerou desconforto aos leões, que tentarão reagendar as mesmas por colidirem com o estágio a realizar no norte do país.
O Sporting defronta o Gil Vicente a 1 e 4 de dezembro (para Liga e Taça da Liga, respetivamente), e programou um estágio perto do local dos jogos para evitar o cansaço das viagens, pelo que vai pedir o reagendamento das sessões que a juíza programou.
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São oito os jogadores envolvidos (ver quadro), sendo que dois deles, Ristovski e Bruno Fernandes, têm inquirição marcada para a tarde do dia do segundo jogo com o Gil Vicente, o que poderia complicar a sua presença na partida. Os restantes chamados para as sessões da próxima semana são Wendel, Mathieu, Acuña, Battaglia, Luís Maximiano e Coates. Para este lote de seis, a ida a tribunal, caso não seja aceite o reagendamento, não será tão grave, pois não coloca em causa a chegada a tempo da partida, afigurando-se simplesmente como cansativa, situação que os leões querem precisamente evitar ao ficar no norte.
O tribunal vai agora notificar os jogadores leoninos e restantes testemunhas, que - de acordo com a lei - têm de comunicar com cinco dias de antecedência o pedido de adiamento e justificação da impossibilidade de comparecimento, se for previsível. Em caso de situação imprevisível, a lei determina que a comunicação deve ser feita no dia e hora designados. Em caso de alegada doença, o faltoso terá de apresentar atestado médico e informar sobre a duração do impedimento. Se a falta for não justificada, dá lugar a multa, em primeira instância, e, em caso de reincidência, pode mesmo levar à detenção da testemunha para a realização da diligência da sessão. Refira-se que a polémica programação foi definida pela juíza Sílvia Pires em coordenação com os advogados presentes na manhã de quarta-feira no tribunal de Monsanto, mas o causídico dos leões, Miguel Coutinho, faltou pela primeira vez desde que o processo começou a ser julgado.