Frederico Varandas e Rúben Amorim concordaram que Sporting precisa de mais três nomes.
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As chegadas de Adán, Feddal, Pedro Gonçalves e Nuno Santos - principalmente estas - deixaram, à partida, um sentimento de confiança entre a estrutura de futebol do Sporting, pois estavam alcançados os alvos pré-estabelecidos rumo ao mercado do verão de 2020.
Só que o futebol muda e foram vários os factores que, sabe O JOGO, vão levar a administração da SAD a uma segunda investida em força na janela de transferência, neste caso para pescar três nomes, dois deles sonantes: um central de pé direito e ainda um ponta-de-lança.
No mesmo comprimento de onda, o presidente Frederico Varandas, o diretor desportivo Hugo Viana e o técnico Rúben Amorim, cúpula do futebol verde e branco, reuniram recentemente para acertar novas linhas, impulsionados pela ambição de terem um plantel competitivo e num campeonato onde os eternos rivais apostam forte (o FC Porto mantém a estrutura e o Benfica investe milhões na segunda vida de Jorge Jesus) e outros concorrentes, como o Braga, também chamam nomes de craveira para as suas fileiras, como é o caso de Gaitán. Mesmo considerado que o leão está já equilibrado, a tríade quer nutrir o grupo de mais opções, dando-lhe também outra cor, dado que nos últimos meses saíram alguma das maiores referências do Sporting, casos de Bruno Fernandes (Manchester United) ou Mathieu (colocou por lesão um ponto final na carreira).
Apurou o nosso jornal que neste momento os empresários com quem a administração da SAD tem relações mais estreitas já estão em campo à procura de soluções, tendo já apresentado alguns nomes, perentoriamente rejeitados por não corresponderem às caraterísticas que Rúben quer aplicar no seu 3x4x3. O central terá de ter nome, pé direito e qualidade na construção; o ponta-de-lança um rasto de golos nas últimas épocas, números que entusiasmem. O terceiro elemento será um extremo, sendo que este não obrigará a um investimento tão grande - pode, inclusive, chegar por empréstimo.
Sporting gastou 13 milhões nesta janela, número mais baixo em aquisições nas últimas cinco épocas. Há três, Jorge Jesus, então com Bruno de Carvalho, quase chegou aos 50 M€ - era ano do tudo ou nada
O objetivo é que estes reforços possam integrar o grupo o quanto antes, até porque já falta menos de um mês para arrancar o campeonato, constando também em agenda a 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa no fim de setembro.
A descer desde 2017
Para que esta realidade seja exequível, o Sporting também está a executar processos de saída, centrados não só nos nomes de Acuña e Palhinha, mas também nos outros excedentários que trabalham à parte na Academia, casos de Rosier, Ilori, Ivanildo Fernandes, Eduardo ou Diaby. A necessidade de reequilíbrio de contas acaba por se verificar nos números dos investimentos que o Sporting tem praticado: O JOGO balizou as entradas nos últimos dez anos e percebeu que esta época - ainda não existem números oficiais, que serão mais tarde comunicados pelo Sporting - o reforço do plantel implicou um investimento de 13 milhões de euros, o mais baixo dos últimos cinco anos. Só encontramos investimento menor em 2015/16, na primeira época de Jorge Jesus, que custou 9,8 milhões; curiosamente, é o mesmo treinador que regista o valor mais alto desde então, uma vez em 2017 levou a SAD a gastar quase 50 milhões.