António Paulo Santos falou aos jornalistas numa sessão de esclarecimentos
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A situação financeira do Sporting tem sido um dos temas de conversa na campanha eleitoral. António Paulo Santos, membro da Comissão de Fiscalização, falou aos jornalistas numa unidade hoteleira de Lisboa, com o foco na situação financeira do grupo Sporting. "O Sporting não está falido, longe disso. A SAD continua com capacidade de ir à Banca, de encontrar financiamento. Mas temos de perceber que as verbas que possam vir a resultar do sucesso desportivo são fundamentais. A Sporting SAD tem um défice corrente de cerca de 120 milhões de euros: 60 referentes ao Grupo Sporting, 32 de pagamentos a bancos e ainda 30 do empréstimo obrigacionista. O Sporting não é uma mina de ouro como já disseram e existe a necessidade que se faça um esforço para financiamento. Não defendo cenários catastróficos, não há salvadores no Sporting, mas são precisos gestores com capacidade de ir à banca."
O advogado, que foi relator do processo que terminou com a suspensão dos membros do Conselho Diretivo desituído, falou ainda de outros temas, como Bruno de Carvalho. "Estando suspensos, os membros demitidos não têm respeitado essa decisão, pois têm visitado núcleos, por exemplo. A democracia no Sporting nunca foi tão atacada como com Bruno de Carvalho. O presidente tem de ter uma postura institucional e não pode ter discursos de apelo à violência. "Novo processo que pode concluir na expulsão? Vamos deixar a nossa proposta de decisão ao novo Conselho Fiscal e Disciplinar. O parecer não é vinculativo. Mas pela matéria de facto em questão, sim, pode terminar na expulsão."
O ex-presidente tem vindo ameaçar com a impugnação das eleições, algo que António Paulo Santos parece não temer. "Têm de encontrar um facto que possa ferir a lei para que tenha fundamento. Tenho muitas dúvidas - mas isto é a minha opinião - que seja dado provimento a uma eventual impugnação", referiu.