Rúben Amorim quer atenuar efeitos de lesões como as de Mathieu ou castigos frequentes como o de Coates. Flutuação de atletas com os sub-23 são para manter no futuro
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São quatro os defesa-centrais que Rúben Amorim tem ao seu dispor no plantel da temporada que ainda está em curso, mas, pese a paragem competitiva, e no âmbito da preparação da próxima estação que está a ser projetada lentamente em Alvalade - fruto das circunstâncias impostas pela pandemia covid-19 -, segundo O JOGO apurou, o técnico leonino já comunicou aos responsáveis leoninos que pretende integrar até seis defesa-centrais no elenco da próxima temporada.
Essa é a sua ideia, pelo menos ao dia de hoje. Assim, há vaga, pelo menos, para mais dois atletas com o posicionamento de base face aos quarto de que dispõe, estando Rúben Amorim em missão de observação dos que possui, isto entre os jovens que estão ligados ao clube, seja nos escalões de formação, seja cedidos a outros emblemas, assim como vai filtrando alguns nomes que estão ao alcance dos leões no mercado.
Planeamento Rúben Amorim pretende seis jogadores para a linha de três defensores que tem vindo a adotar no 3x4x3
A ideia do técnico é clara. Defensor de uma matriz tática com três defesas, Rúben Amorim dá preferência a que sejam claramente atletas formados nessa posição, ainda que exija a estes uma maior capacidade de construção e atributos para que, por um lado, saiam a jogar e, por outro, consigam retirar profundidade e espaço nos corredores - concretamente os que jogam descaídos para os lados -, suscitado pela subida constante dos homens do corredor. Nesse particular, Rúben Amorim tem retirado conclusões em torno de Mathieu, Coates, Ilori e Neto, sendo que a continuidade dos dois primeiros tem um ponto de interrogação em cima. Não é uma questão de qualidade, mas sim de outros fatores para lá da vertente técnica ou desportiva. Mathieu anunciou que pretende manter-se em atividade mais uma temporada, ele que se preparava para encerrar a carreira e só no final da estação irá sentar-se à mesa com os dirigentes leoninos para renovar ou não o vínculo. Já Coates, esse, é um dos principais ativos do clube nesta fase e uma oportunidade de negócio não será afastada pela SAD. O próprio jogador deixou claro na recente entrevista que concedida à rádio uruguaia "1010" que essa possibilidade deve ser considerada.
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Eduardo Quaresma e Ivanildo para avaliar
Neste seguimento da projeção que está a ser feita, dois nomes surgem como "certos" na pré-temporada, isto, naturalmente, sem qualquer constrangimento imprevisto: Eduardo Quaresma e Ivanildo Fernandes. Este último tem experiência na Liga, onde atuou na última época no Moreirense, tem vindo a evoluir na Turquia, pelo que em Alvalade pretende ver-se a capacidade deste perante as exigências táticas do treinador, mas este tem desde logo uma característica importante no processo de avaliação: joga de pé esquerdo e sobre esse mesmo lado. É um jogador ao qual já é reconhecida maturidade suficiente para encaixar no plantel principal. Quem está num processo distinto, mas sujeito aos mesmos pressupostos de avaliação, é Eduardo Quaresma, que joga habitualmente pelos sub-23 e paulatinamente tem trabalhado com o plantel principal, isto antes da mencionada paragem. É apreciado internamente e os seus 18 anos, até ver, suscitam questões ao nível da maturidade competitiva.
Flutuação entre escalões e prevenir lesões
Dois dos pressupostos que Rúben Amorim está igualmente a considerar são a flutuação de elementos entre o principal escalão e os sub-23, sendo que Eduardo Quaresma, mesmo integrado no plantel principal, poderá baixar com frequência de escalão, tal como, enquanto reserva, está também outro jovem, no caso, Gonçalo Inácio, salvaguardando lesões e castigos. Na presente temporada, por exemplo, Mathieu tem vindo a revelar-se um problema nesse aspeto, devido ao seu tendão de Aquiles, tal como Coates em termos disciplinares, por cartões amarelos e também expulsões.