SAD pretende recuperar o valor pago pelos laterais, que não se adequam aos pressupostos táticos de Rúben Amorim atendendo ao 3x4x3 que está a implementar.
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O Sporting, segundo O JOGO apurou, pretende negociar a título definitivo os laterais Cristian Borja e Valentin Rosier no final da presente temporada.
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De acordo com informações recolhidas pelo nosso jornal, o elenco diretivo liderado por Frederico Varandas, em concordância com o próprio treinador Rúben Amorim, entende que os dois atletas têm ficado aquém do desejado em termos desportivos, tendo contra si o facto de ambos não se enquadrarem naqueles que são os pressupostos táticos defendidos pelo novo treinador, isto no que ao sistema tático (3x4x3) que já está a introduzir na equipa.
Rúben Amorim pretende atletas para os corredores que consigam dar a profundidade necessária à equipa, aliando igualmente a capacidade defensiva e rigor tático ao coletivo, algo que em Alvalade entende-se que a dupla dificilmente conseguirá pelas próprias características que possuem. Claro que, entre a estrutura dirigente dos leões, o objetivo negocial passa também, forçosamente, pelo menos, pela recuperação do investimento que foi feito em diferentes momentos pelos dirigentes leoninos.
Com o retorno esperado, os dirigentes leoninos esperam reinvestir em atletas que encaixem no desejado pelo seu treinador. Têm contrato até 2023/24
O lateral-esquerdo Borja foi mesmo um dos primeiros atletas a entrar no Sporting pela mão de Frederico Varandas, o qual custou 3,6 milhões de euros, isto englobando os 400 mil euros de comissão de intermediação, ele que chegou a Alvalade em janeiro de 2019 e conta com 36 jogos pelo clube, um golo apontado e 2171 minutos de utilização - ele que com Marcel Keizer chegou mesmo a ser utilizado como um de três centrais, descaído sobre o lado canhoto. Por sua vez, Rosier foi aquisição do derradeiro defeso, sendo mesmo o lateral-direito mais caro da história do Sporting, tendo custado cerca de 5,3 milhões de euros, mais a cedência a título definitivo de Mama Baldé em definitivo aos franceses do Dijon, ele que de acordo com o site Transfermarkt tem uma avaliação de 2,5 milhões de euros - ainda que os dirigentes leoninos tenham assegurado 20% de uma futura venda. Rosier, porém, conta com apenas 16 jogos oficiais de leão ao peito, nos quais cumpriu 1344 minutos, facto que decorre em boa verdade de problemas enfrentados pelos internacional sub-21 no pé direito, que levaram a que enfrentasse um longo período de inatividade física, que prolongou-se desde o Dijon até ao Sporting, contabilizando cerca de 181 dias de paragem. Mesmo lesionado, o elenco de Frederico Varandas apostou forte na sua contratação, que, no entanto, fruto do rendimento apresentado, não tem convencido.
Assim, são quase nove milhões de euros que foram investidos nos dois atletas, verba que, em caso de recuperação, como se deseja em Alvalade, servirá para que a SAD volte a investir em atletas que se enquadrem nas ideias técnicas e táticas de Rúben Amorim. Publicamente, os leões não vão assumir este desejo, naturalmente, mas a verdade é que vários agentes têm vindo a encetar contactos com emblemas no sentido de sugerir os dois atletas - com contrato até 2023/24, sendo que Rosier tem uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, enquanto a de Borja fica-se pelos 45 milhões de euros -, isto depois de terem sido informados pela SAD verde e branca sobre parte dos planos traçados para ambos tendo em vista a próxima temporada.