
Em comparação com igual período do ano passado, os lucros do Sporting registaram uma quebra de 60,7%
O Sporting comunicou à CMVM que fechou o primeiro trimestre de 2017/18 (entre julho e setembro deste ano) com um lucro de 24, 7 milhões de euros.
"A Sporting SAD fechou o primeiro trimestre da época desportiva de 2017/18 com um volume de negócios de 61.821 milhares de euros, situação esta suportada pela participação na fase de grupos da UEFA Champions League, após passagem da eliminatória de play-off e pela venda de direitos desportivos, nomeadamente do seu capitão Adrien Silva. Este volume de negócios permitiu atingir um resultado positivo no período de 24.748 milhares de euros", é possível ler-se no comunicado enviado pelos leões.
No entanto, o clube de Alvalade regista uma quebra de 60,7% face ao mesmo período do ano passado, uma vez que a formação verde e branca obteve um lucro de 62,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2016/17.
Nas contas apresentadas esta segunda-feira, o Sporting destaca um volume de negócios de 61,8 ME, suportado pela participação no play-off e na fase de grupos da Liga dos Campeões e pela venda de direitos desportivos, nomeadamente do médio Adrien Silva ao Leicester por 20 ME (mais 5 ME em objetivos variáveis), que contribuíram para o resultado positivo.
A vitória no play-off significou um encaixe de 2 ME e a presença na primeira fase da Liga dos Campeões representou uma entrada de 12,7 ME. As contas refletem ainda o triunfo sobre o Olympiacos na primeira jornada, que garantiu aos leões 1,5 ME.
O Sporting registou ainda um aumento dos proveitos operacionais face ao último período homólogo - de 4,1 para 4,9 ME - justificado também pela segunda presença seguida na fase de grupos da Champions e consequente crescimento nas receitas de bilheteira e renovação de "gameboxes" (bilhetes anuais).
No campo dos custos, o Sporting destaca três contratações, entre as quais a do avançado argentino Marcos Acuña, um investimento de quase 10,6 ME que representa a mais cara aquisição da presente época e a segunda maior de sempre do clube de Lisboa, atrás da do holandês Bas Dost.
O defesa central francês Jeremy Mathieu, proveniente do Barcelona como jogador livre, acarretou quatro ME de custos para o Sporting - três em prémio de assinatura e um em comissão -, enquanto o lateral direito macedónio Stefan Ristovski supôs um gasto de 2,5 ME.
Nos gastos operacionais sem incluir transações de jogadores, o Sporting registou quase 26,9 ME, um aumento 2,3 ME (10%) face ao primeiro trimestre de 2016/17, verificando-se um aumento salarial, para 19,13 ME. Destes, 1,38 ME dizem respeito a prémios não regulares e 800 mil correspondem a salários de jogadores que rescindiram contrato no primeiro trimestre.
O Sporting sublinha ainda a manutenção de capitais próprios positivos, que a 30 de setembro de se cifravam em perto de 30,4 ME.
Em relação ao ativo de 17,1 ME que existia a 30 de junho de 2017 relativo a receitas da UEFA retidas devido ao diferendo com a Doyen, 11 ME foram pagos àquele fundo de investimento e os restantes devolvidos ao Sporting.
